Os estudantes Joab de Souza e Rogerio Nunes, ambos de 25 anos, saíram do Acre às 11h da manhã da última quinta-feira, 11, com destino à Belém (PA) na madrugada desta sexta-feira, 12, para prestar o concurso da Polícia Militar (PMPA) que seria aplicado neste domingo (14).
Após se hospedarem, a dupla de concurseiros acordou com a notícia de que a Justiça do Pará havia aceitado o pedido de suspensão das etapas presenciais de todos os concursos públicos e processos seletivos simplificados aplicados no Estado.
No entanto, a decisão foi derrubada após o Governo do Pará recorrer na justiça, porém na manhã deste sábado, 13, o presidente do STF, Luiz Fux, derrubou a decisão e suspendeu o concurso com 67 mil inscritos para PM do Pará por agravamento da pandemia.
“Soubemos do concurso ano passado e estávamos nos preparando. Antecipamos tudo comprando as passagens. Até dia 10 ainda havia a indefinição se teríamos concurso ou não. Os locais de prova iriam sair às 22h da noite no horário lá do Acre e ainda não tinha saído. Ficamos aguardando a suspensão ou se haveria prova”, contou Joab de Souza.
Por volta das 23h do dia 10 (horário de Rio Branco), os locais de prova foram divulgados, o que, para a dupla, se tratava de uma confirmação de que o concurso, afinal, ocorreria.
Com os locais de prova em mãos, ele e o amigo Rogério Nunes embarcaram rumo ao Aeroporto Internacional de Guarulhos por volta de 11h da quinta-feira (11).Eles desembarcaram na cidade paulista por volta das 18h, onde aguardaram até às 23h para fazer a conexão até Belém, onde ambos chegaram às 3h da manhã.
“A nossa tristeza é que eles tinham a possibilidade de ter adiado no dia 10, antes de divulgarem o local de prova. Não queríamos ter vindo fazer essa prova porque estamos no meio de uma pandemia, mas investimos muito em passagens, hotel e tudo mais”, lamentou.
A passagem de volta de Joab está marcada para o dia 17 e ele ainda está fazendo os cálculos sobre como irá se manter na cidade sendo que a prova foi cancelada. Cada um dos amigos informou que já tiveram prejuízo de pelo menos R$ 1,2 mil.
“Ainda daria para remarcar no dia 11 se a decisão da justiça tivesse saído antes, pelo prazo da companhia. Outro agravante é que nós estávamos respeitando a quarentena no Acre, mas fomos expostos porque passamos por aeroportos. E para quê? Para nada?”, encerrou.
Fonte: AC 24 Horas