InícioACRECruzeiro do Sul reduz em 91% os casos de dengue

Cruzeiro do Sul reduz em 91% os casos de dengue

No início do ano, a Fundação Oswaldo Cruz fez um alerta sobre problemas que podem agravar a proliferação do mosquito Aedes Aegypti e, consequentemente, aumentar os casos de dengue no país.

Segundo o estudo realizado pelo órgão, a pandemia de Covid-19 fez com que vários municípios brasileiros não realizassem o Levamento Rápido de Índice de Infestação por Aedes Aegypti, o conhecido LIRAa. Essa prática leva, conforme afirma a fundação, ao atrapalho de políticas públicas que combatem a praga no país.

No período que corresponde entre dezembro de 2019 a dezembro de 2020, o país registrou 979.764 casos de dengue.

Nos dois primeiros meses de 2021, o Departamento de Vigilância em Saúde do Acre registrou cerca 1, 6 mil casos confirmados da doença e 7, 5 suspeitos. A capital Rio Branco declarou situação de emergência por conta do surto da doença. Dos 22 municípios acreanos, 20 têm infestações pelo mosquito Aedes Aegypti.

Na contramão dessa realidade, encontra-se a cidade de Cruzeiro do Sul que, no mesmo período, apresentou a expressiva redução de 92% dos casos. Os dados são da Vigilância Epidemiológica do município, confirmados pela Secretaria de Estado de Saúde do Acre (Sesacre).

Cruzeiro do Sul reduz em 91% os casos de dengue. Foto: Eliel Mesquita.

“O prefeito determinou, no primeiro mês de gestão, uma operação na qual estavam envolvidas todas as secretarias do município, sobretudo, a Secretaria do Meio Ambiente, a Secretaria de Obras e a Secretaria da Saúde. Na ocasião, iniciou-se a Operação Cidade Limpa, que abrange todos os bairros de Cruzeiro do Sul. Ela inicia quando os agentes de endemias fazem visitas educativas, pedindo para que os moradores retirem entulhos. Também fazemos um mapeamento por bairros de casos incidentes da doença, e esse mapa serve como guia para que a operação siga os bairros que apresentem os maiores índices de infestações”, explica Agnaldo Lima, secretário municipal de saúde.

Ainda, segundo a Fiocruz, as altas temperaturas do verão, aliadas à rapidez no desenvolvimento do mosquito, podem aumentar a propagação das doenças.

O ciclo de maturação dos ovos do mosquito leva de 7 a 10 dias, o que requer mais cuidados por parte da população.

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