Internamente o mercado segue preoucupado com a situação fiscal do país, além da pandemia do novo coronavírus
O dólar à vista subiu 0,33% nesta sexta (12), para R$ 5,5594 na venda, após oscilar entre R$ 5,5872 (+0,83%) e R$ 5,5455 (+0,08%).
Foi um dia de força da moeda norte-americana no exterior e o fim de uma semana de fortes oscilações no câmbio, marcada por noticiário fiscal, político e ativa presença do Banco Central no mercado.
Após intenso vaivém, o dólar acumulou na semana a maior queda (2,19%) em mais de três meses. No pico dos últimos dias, alcançado na terça-feira, a divisa chegou a quase R$ 5,90.
Na B3, os negócios têm viés negativo. Às 17h12, o índice Ibovespa recuava 0,94%, para 113.904 pontos.
Um aumento consistente nos rendimentos dos títulos dos EUA elevou temores de uma redução repentina do estímulo monetário, pressionando os principais índices de ações dos EUA nas últimas semanas.
Nesta sexta, o yield do Treasury de dez anos bateu 1,639%, um salto de 11,2 pontos-base ante a véspera e alcançando uma máxima desde 7 de fevereiro do ano passado (1,649%).
“Os riscos de uma aceleração da inflação aumentaram significativamente devido a um salto na oferta de dinheiro por meio de estímulos e da demanda antecipada que podemos ver à medida que a economia se desbloqueia lentamente”, disse Jonathan Bell, diretor de investimentos da Stanhope Capital, em Londres.
Internamente o mercado segue preoucupado com a situação fiscal do país, além da pandemia do novo coronavírus, que avança cada vez mais no país.
Lá fora
O índice S&P 500 caía 0,4% às 13h10 desta sexta-feira, depois de atingir uma máxima histórica na sessão anterior, com um rali nos rendimentos dos títulos dos EUA reascendendo preocupações com a inflação e diminuindo o apetite por ações de crescimento.
O Nasdaq, com forte peso de papéis de tecnologia, caía mais de 1%, depois de saltar 6% nas últimas três sessões. O Dow Jones, por outro lado, caminhava para cravar seu quinto recorde consecutivo.
Wall Street estava a caminho de fechar sua melhor semana em seis, após um dos maiores pacotes de estímulo fiscal dos EUA ser sancionado e dados reforçarem visões de que a economia ruma para a recuperação.
As bolsas asiáticas fecharam majoritariamente em alta nesta sexta-feira (12), após o presidente dos EUA, Joe Biden, assinar ontem um histórico pacote de incentivos fiscais, ajudando a impulsionar Wall Street a novos recordes, e o Banco Central Europeu (BCE) mostrar disposição de agir para garantir condições financeiras favoráveis.
O índice acionário japonês Nikkei subiu 1,73% em Tóquio hoje, a 29.717,83 pontos, enquanto o sul-coreano Kospi avançou 1,35% em Seul, a 3.054,39 pontos, e o Taiex se valorizou 0,47% em Taiwan, a 16.255,18 pontos.
Na China continental, o Xangai Composto teve alta de 0,47%, a 3.453,08 pontos, e o menos abrangente Shenzhen Composto garantiu modesto ganho de 0,17%, a 2.220,26 pontos.
A exceção na Ásia foi o Hang Seng, que teve expressiva queda de 2,20% em Hong Kong, a 28.739,72 pontos, em parte influenciado pelas ações da Tencent (-4,41%) e da Meituan (-3,37%). O regulador de mercados da China multou essas e outras dez empresas de internet por violação de leis antitruste.
Na quinta-feira, Biden assinou o pacote fiscal de US$ 1,9 trilhão aprovado no Congresso americano nesta semana, o que ajudou as bolsas de Nova York a fechar em alta generalizada, com novos recordes do Dow Jones e do S&P 500.
Já o BCE manteve sua política monetária inalterada ontem, como se previa, mas prometeu acelerar compras de bônus para evitar uma deterioração das condições financeiras, após os juros dos Treasuries e de bônus europeus avançarem nas últimas semanas, gerando temores de pressões inflacionárias e de possível reversão de medidas de estímulo tomadas em reação à pandemia de covid-19.
Na Oceania, a bolsa australiana seguiu a maioria das asiáticas, e o S&P/ASX 200 avançou 0,79% em Sydney, a 6.766,80 pontos.
Fonte: CNN Brasil