Cruzeiro do Sul tem uma das mais promissoras legislaturas dos últimos anos.
A eleição de 2020, trouxe uma grande reformulação do legislativo municipal de Cruzeiro do Sul, e, até aqui tem sido quase consenso no meio político e também populares, que de fato houve uma qualificação nos quadros que hoje compõe o parlamento mirim.
Alguns nomes da atual legislatura, são vistos com muito potencial, jovens e com excelente perfil e formação, despontam como gratas surpresas no cenário político regional. São os casos de Cristiano Rodrigues, de 25 anos, o mais votado da eleição de 2020, Elter Nóbrega, e Clerton Souza. Ambos, neófitos na política, mas, já tem dado sinais de que podem representar o futuro da política local.
Mescla de juventude com a experiência de veteranos como Antonio Cosmo, Mazinho Farias, Altemar Virgílio, Leandro Candido e Franciney Melo, aliadas ao voluntarismo de membros de movimentos sociais e alguns com identidade com comunidades rurais, caso de Zaldo Moto Taxi, Noéca, Márcio da Farinha e Betão tem gerado grande expectativas aos olhos da sociedade Cruzeirense.
Mas, o período é atípico e os desafios são enormes. Tempos de pandemia aliados aos desafios sazonais das enchentes amazônicas, foram de largada um bom teste para os parlamentares. A Câmara como instituição tem sido ativa e parceira do executivo na principais ações, embora individualmente algumas omissões já tenham sido sentidas. Como aqui trata-se de uma análise, cabe ao leitor o melhor juízo dos erros e desacertos até aqui.
Porém os desafios são gigantescos, vão desde encarar com seriedade as pautas do executivo, se debruçando sobre elas com o discernimento necessário para entender quando que o interesse público precisa ser maior que qualquer lado partidário, do entendimento que a Câmara não é um mero carimbador de propostas do prefeito de plantão, seja ele quem for, até encarar pautas mais densas, como revisão do plano diretor, questões tributárias e até mesmo se atentar ao papel institucional do legislativo que tem se esvaziados muito nas últimas legislaturas.
A que se resgatar a credibilidade da Câmara Municipal, perdida por ações, omissões e atitudes desastrosas de figuras “folclóricas”, que passaram quatro anos sem saber ao menos o dever funcional definido pela constituição e ratificados na lei orgânica do município. É preciso virar a página de tempos bizarros onde vereadores semi-analfabetos se quer tinham conhecimento do que estavam votando, usavam seus cargos como mero instrumento de barganha junto ao executivo para empregar parente e apadrinhados, e se servir das ‘benesses do poder’.
O momento é de esperança, o desafio dos vereadores é grande, mas, espera-se muito da atual composição. Existem sinais já visíveis de algumas mudança, estamos ainda no primeiro quadrimestre de 2021, fato, restando ainda 3 anos e 7 meses de mandato. Há tempo de sobra para que o legislativo municipal possa se aproximar das comunidades, olhando de perto os problemas e apontando soluções e que possamos ao fim poder fazer conclusões mais acertadas.
O Deu notícia, deseja sorte aos nobre vereadores e espera, que possamos ter uma virada de página na Câmara Municipal nos próximos anos, faria muito bem para a biografia dos nobres vereadores e a sociedade cruzeirense merece.