Delegado não indiciou ninguém pela morte de Passim e sugeriu ao Ministério Público o arquivamento do caso. Nilton Rodrigues trabalhava no meio artístico havia 30 anos, era primo e amigo de infância do cantor.
A Polícia Civil concluiu a investigação da morte de Nilton Rodrigues da Silva, de 60 anos, primo e assessor do cantor sertanejo Leonardo. O delegado responsável pelo caso, Gilvan Borges, afirmou nesta quarta-feira (28) que Passim, como era conhecido, foi atingido por um tiro acidental disparado por ele mesmo e, por isso, ninguém foi indiciado pela morte. O investigador sugeriu ao Ministério Público o arquivamento do caso.
“Concluímos que foi morte por disparo acidental de arma de fogo em que ele atirou em si próprio. Nesse caso, ninguém que estava no local é indiciado. O laudo da balística ainda não ficou pronto, mas finalizei a investigação com o laudo do local do crime, que apontou a causa da morte como acidental”, explicou o delegado.
Passim morreu no dia 4 de março, na fazenda Talismã, em Jussara, no oeste de Goiás, de propriedade do cantor Leonardo. O inquérito foi enviado ao Judiciário no último dia 13 de abril.
A página do Tribunal de Justiça de Goiás (TJ-GO) mostra que o inquérito está sob análise do Ministério Público. O G1 pediu um posicionamento ao órgão na tarde desta quarta-feira e aguarda retorno.
A arma manuseada por Passim, uma Glock 380, não tem registro e pertencia à vítima, segundo o delegado. Os depoimentos de testemunhas relatam que a arma era de uso pessoal, apesar de a função desempenhada por ele não exigir o equipamento.
“A arma era dele, mas não estava registrada. Ele não tinha uma função específica para usar arma, era para defesa pessoal”, esclarece o delegado.
Morte
A Polícia Civil informou que, de acordo com os depoimentos, o cantor Leonardo sentiu falta de Passim na fazenda, no fim da manhã de 4 de março. Como não conseguiu entrar na suíte em que ele estava, mandou funcionários arrombarem a porta. Foi quando se depararam com o corpo do assessor.
Passim foi encontrado morto no banheiro da suíte. As investigações apontaram que ele atirou acidentalmente na própria mão e na perna esquerda.
A corporação também apurou que o assessor estava sozinho no momento do acidente e tentou estancar o sangramento, mas não resistiu à hemorragia.
Os policiais estimam que os tiros foram disparados por volta de 2h, mas o corpo da vítima foi encontrado às 12h30.
Via: G1