Sindicatos de servidores públicos afirmaram nesta sexta-feira (4/2) que não aceitam receber um reajuste nos benefícios como contrapartida para encerrar as reivindicações por aumento salarial.
A alternativa é estudada pelo governo Bolsonaro por ser mais barata e permitir um aumento percentual maior. Esses benefícios incluem auxílio-alimentação e auxílio-creche, entre outros, que só são pagos a funcionários da ativa. Aposentados e pensionistas não sentiriam melhora alguma no bolso.
“Nem pensar. Temos que recompor as perdas inflacionárias, ao menos em parte, que já passam de 28%. Além disso, mais da metade dos servidores da União são aposentados, que não recebem esses benefícios”, avaliou o presidente do Fórum Nacional das Carreiras Típicas de Estado (Fonacate), Rudinei Marques.
Todo o problema começou no fim do ano passado, quando o presidente Jair Bolsonaro prometeu um reajuste salarial apenas para policiais de carreiras federais, que fazem parte da sua base de apoio.
A diferenciação irritou os servidores, que começaram a se mobilizar e acenaram com paralisações. Um dos sindicatos mais ativos é o Sindicato Nacional de Funcionários do Banco Central (Sinal).
O presidente da entidade, Fabio Faiad, classificou a proposta de “cortina de fumaça ou então um cala a boca”. E acrescentou: “É uma vergonha. Nenhuma chance de aceitar isso”.
Os servidores da Receita Federal são os mais mobilizados até o momento. A categoria já entregou 839 cargos de chefia.
via: metrópoles