Um grupo de candidatos do concurso da Secretaria de Saúde do Acre (Sesacre) procurou o Ministério Público do Estado nesta quarta-feira (19) para denunciar uma série de erros durante a aplicação do certame, no último domingo (16). A reclamação foi protocolada na 1ª Promotoria Especializada de Defesa do Patrimônio Público.
Mais de 32 mil pessoas se inscreveram para o concurso, que foi aplicado nas cidades de Brasileia, Cruzeiro do Sul, Feijó, Marechal Thaumaturgo, Porto Walter, Rio Branco, Santa Rosa do Purus, Sena Madureira e Tarauacá.
A Secretaria Estadual de Saúde informou que somente baseado nos recursos é que a banca vai saber se vai cancelar questões apontadas como erradas, fazer um novo certame ou dar novos prazos. Só depois disso é que a Sesacre deve se manifestar a respeito das denúncias, uma vez que a responsabilidade do concurso é da banca.
Candidato ao cargo de psicólogo, Eudimar Nunes Bastos relatou que o principal erro foi que os fiscais de algumas salas obrigaram os candidatos a assinarem a folha de redação. O que é proibido no edital do concurso e que, inclusive, resulta em desclassificação.
“O principal problema foi a questão de alguns fiscais obrigarem as pessoas que estavam fazendo o concurso, principalmente, nas salas de psicologia, a assinar a folha de redação. O edital diz que é proibido fazer isso e, caso isso aconteça, essa pessoa vai ser desclassificada do concurso. Mas, foram obrigadas a fazer. Todos os editais de concurso dizem que não pode assinar, porque é como se você identificasse quem fez aquela redação”, disse o psicólogo.
O g1 entrou em contato com o MP-AC para saber qual medida vai ser tomada após a denúncia e aguarda resposta até última atualização desta reportagem.
Outra questão denunciada por ele é que os candidatos que ficaram por último nas salas teriam sido pressionais a entregar as provas.
“Foram várias coisas que atrapalharam o bom andamento do concurso e estamos aqui no Ministério público para pedir que tome providências em relação ao concurso da Sesacre. Acreditamos que mais de 50 pessoas estão nessa situação”, afirmou.
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Grupo afirma que fiscais de salas obrigaram a assinar folha de redação, o que é proibido no edital e causa desclassificação — Foto: Reprodução/Rede Amazônica
Outro candidato que reclamou da situação foi o assessor parlamentar Cleber de Souza Bezerra. Ele disse que se preparou para o concurso, fez cursinho e que esse tipo de situação acaba gerando angústia nas pessoas.
“Dentre os problemas, o mais grave que encontrei foi com relação a assinatura da folha de redação. No edital é bem claro que não pode assinar e a chefe de sala exigiu que nós assinássemos, se não seria registrado em ata. Esse foi um erro muito grave e que está dizendo que a gente é excluso do concurso. Formamos um grupo e vamos protocolar um documento no MP para garantir nossos direitos, porque vai que a gente não tenha nossa redação corrigida. Então, queremos uma ação com relação a isso. É uma preocupação muito grande, eu fiz pré-concurso, estava preparado para a prova, tirei uma boa pontuação e ter que passar por isso é muito angustiante”, reclamou.
POR G1-AC