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Rússia usa mísseis de cruzeiro hipersônicos em maior ataque no segundo ano da guerra; oito morrem

Cinco pessoas morreram em Lviv e três, em Kherson. Moscou disse ter usado mísseis kinzhal, um dos mais poderosos de sua frota.

Com alguns dos mísseis mais poderosos que tem, a Rússia atacou nesta quinta-feira (9) as principais cidades da Ucrânia. Foi a maior ofensiva desde que a guerra completou um ano, em 24 de fevereiro.

Oito pessoas morreram nos ataques, segundo autoridades locais.

O governo russo disse ter utilizado seis mísseis de cruzeiro hipersônicos kinzhal, uma das armas mais valiosas de Moscou. Kiev afirmou que detctou o armamento em seu território.

Acredita-se que a Rússia tenha apenas algumas dezenas de kinzhals, que voam muito mais rápido que a velocidade do som e são construídos para transportar ogivas nucleares com alcance de mais de 2.000 quilômtros. Em seus discursos, o presidente russo, Vladimir Putin, costuma afirmar que os países do Ocidente não têm armamentos que possam conter o kinzhal.

Como Moscou vem fazendo nos últimos meses, os alvos dos mísseis foram instalações de infraestrutura, especialmente usinas de energia e estações de distribuição de água. A tática é deixar cidades importantes sem energia para desestabilizar a economia ucraniana.

Mas, segundo autoridades locais, oito pessoas morreram por conta dos bombardeios – quatro em Kharkiv, no leste, e três em Lviv, a cidade próxima à fronteira com a Polônia.

Houve explosões também em Kiev, segundo o prefeito da capital, Vitali Klitschko. Quase metade da população ficou sem energia pela amanhã, mas o abastecimento foi regularizado, segundo o governo local.

O governador de Kharkiv, segunda maior cidade da Ucrânia, relatou mais de 15 ataques. Já o governador de Odesa informou ter havido danos graves em instalações de energia e também em edifícios residenciais.

Explosões também foram relatadas ainda nas cidades de Dnieper, Lutsk e Rivne.

Zaporizhzhia

Os ataques também atingiram Zaporizhzhia, onde fica a maior usina nuclear da Europa, atualmente controlada por tropas russas.

A Ucrânia disse que os ataques interromperam o fornecimento de energia da usina, que teve de usar energia a diesel de emergência para evitar um colapso. Posteriormente, a usina voltou a funcionar normalmente.

A central de Zaporizhzhia, que a Rússia controla desde o início da guerra, está perto da linha de frente, e ambos os lados já alertaram sobre um potencial desastre.

O chefe da vigilância nuclear da ONU, Rafael Grossi, já pediu por uma zona de proteção ao redor da usina.

Por: G1

 

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