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População cresce abaixo da estimativa e pelo menos 4 municípios do AC devem perder recursos do FPM

Segundo estimativa da Amac, pelo menos quatro municípios devem ser os mais afetados. Com isso, administrações municipais vão buscar fontes alternativas para arrecadação.

O Censo 2022, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), revelou que o Acre tem 830.026 habitantes, o que representa um crescimento de 13,15% em 12 anos. O número, porém, é menor que a estimativa divulgada em 2021, que indicava a população do estado em 906.876 pessoas.

Com isso, pelo menos quatro municípios acreanos devem ser os mais atingidos com redução de recursos do Fundo de Participação dos Municípios (FPM). O estudo é um dos parâmetros utilizados pelo Tribunal de Contas da União (TCU) para o cálculo do FPM, além de referência para indicadores sociais, econômicos e demográficos.

Segundo o coordenador executivo da Associação dos Municípios do Acre (Amac), Marcus Lucena, os municípios já trabalham na diversificação das fontes de arrecadação para amenizar os efeitos dessa redução, e o governo federal prometeu limitar a diminuição nos repasses a 10% ao ano.

“A gente está fazendo uma viagem para tentar achar novos caminhos por conta dessas perdas de FPM. E não é só FPM. Impacta na saúde, na educação, em várias partes. Com esses impactos, a gente está tentando investir em outras ações nos municípios para melhorar os recursos próprios”, explica. Segundo Lucena, os seguintes municípios Acreanos devem ter repasses reduzidos:

 

Rio Branco não sofre perdas no FPM, mas sim em outras fontes de recurso, de acordo com o coordenador.

Redução do impacto

 

“O governo federal vai fazer o decréscimo das receitas em formato de 10 anos para diluir a perda. Vai ser decrescido 10% ao ano até chegar na execução do próximo Censo”, diz Lucena. Conforme o coordenador, o objetivo é reduzir o impacto dessa redução até que um novo Censo seja feito em 2030.

Em janeiro deste ano, a Amac chegou a orientar os municípios a entrarem com ações na Justiça contra os dados da prévia do Censo, divulgados em dezembro de 2022, e que já apontavam a população do Acre menor que a estimativa de 2021. Na ocasião, segundo a Amac, sete cidades acreanas teriam redução no repasse do FPM.

Lucena afirma que com as ações não só de municípios do Acre, mas de todo o país, o TCU mudou de ideia e manteve os repasses nos níveis anteriores até que o Censo 2022 fosse divulgado na íntegra.

“Os municípios que tiveram perdas fizeram processos judiciais, aquilo culminou no TCU retroagir da decisão e voltar a pagar o que era devido. A União reconhece que pode causar problema nas políticas públicas, e a tendência é que os municípios sejam impactados, mas gradativamente”, afirma.

Por: G1 Acre

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