Deuziane Eleodora da Silva, mãe da recém-nascida de 15 dias de vida que morreu no último sábado (2), conseguiu uma medida protetiva contra o marido, José Antônio de Souza, após relatar ter sido ameaçada por ele. A decisão é da juíza Lilian Deise Braga Paiva, e o pedido foi enviado pelo delegado Alberto Dalacosta, que era o plantonista no dia do fato na Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (Deam).
Deuziane registrou um boletim de ocorrência contra Souza ainda no sábado, afirmando que o homem a ameaçou de morte ao saber do falecimento da filha. No boletim, Deuziane alegou que Souza a acusou de ter matado a criança, e que ele afirmou “vou mandar os caras te matar”.
Ainda no boletim de ocorrência, Deuziane informou que acredita que a criança vomitou enquanto dormia, o que causou a asfixia.
Além da ameaça no dia da morte da recém-nascida, Deuziane também informou que Souza já a agrediu diversas vezes ao longo do relacionamento de seis anos, inclusive quando ela estava grávida de 8 meses. Ela relatou ainda que Souza faz uso excessivo de álcool e drogas ilícitas, que passa por problemas financeiros e de emprego, e que as agressões se tornaram mais frequentes nos últimos meses.
Em sua decisão, a magistrada ressaltou que pelos relatos da autoridade policial e da vítima, foi observada a plausibilidade das alegações. Entre as medidas, fica definido:
- Afastamento do lar, domicílio ou local de convivência com a ofendida
- Proibição de se aproximar a 200 metros de Deuziane ou de testemunhas
- Proibição de contato por qualquer meio
- Proibição de frequentar o lar de Deuziane, a fim de preservar sua integridade física e psicológica
Por: G1 Acre