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Presídio de segurança máxima onde aconteceu rebelião que deixou 5 mortos passa por inspeção

Uma comitiva do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) fez uma inspeção no presídio de segurança máxima Antônio Amaro Alves, em Rio Branco, na última terça-feira (14). Integrantes do Departamento Nacional de Monitoramento e Fiscalização do Sistema Carcerário (DMF) do CNJ refizeram o percurso dos detentos que deflagraram uma rebelião na unidade em julho deste ano e verificaram a estrutura e o monitoramento interno do presídio.

A comitiva foi acompanhada por representantes do Tribunal de Justiça do Acre (TJAC), do Instituto de Administração Penitenciária (Iapen-AC) e da direção da unidade. A visita também inspecionou os pontos do presídio que passaram por reforma após a rebelião.

Ao site oficial do TJAC, o coordenador do DMF, juiz Luís Lanfredi, ressaltou que o episódio que deixou cinco mortos na unidade despertou a necessidade de discutir o sistema carcerário local.

“Nós acompanhamos com muita atenção o episódio que se sucedeu, então o objetivo da visita ao Acre é discutir o sistema prisional local. Nós já estivemos uma conversa com o governador e o secretário de Segurança Pública há 15 dias em Brasília e estamos fazendo a devolutiva desse diálogo. A importância desse momento é refletirmos sobre as necessidades, protocolos, treinamentos e a valorização da carreira do policial penal, bem como das condições de tratamento que estão submetidos os privados de liberdade e entender que todas essas questões afetam diretamente a sociedade”, disse.

Segundo o TJAC, com as mudanças feitas na estrutura da unidade, foi necessário remanejar parte dos detentos, o que faz com que algumas alas tenham celas com dois ou três ocupantes. Durante a visita, segundo o TJ, a administração relatou problemas na execução do contrato das obras e no cronograma de trabalho, além de deficit de agentes.

Porém, o presidente do Iapen-AC, Alexandre Oliveira, destacou à agência do governo que as mudanças implementadas na unidade após a rebelião serão eficazes, e que a visita permitiu mostrar ao CNJ a resposta dada pela administração após o caso.

“Acredito que eles saíram daqui bastante satisfeitos com o que viram. Ainda temos muito o que evoluir, mas sabemos que estamos no caminho certo e com o apoio a gente vai alcançar todos os objetivos”, declarou.

Por: G1 Acre

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