Políticos de oposição e governistas se dividiram nas redes sociais ao longo do último final de semana, comentando a comparação feita pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, entre os ataques de Israel em Gaza com o holocausto.
No X, alguns ministros saíram em defesa de Lula. Paulo Teixeira, ministro do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar do Brasil, prestou apoio “às preocupações do presidente em relação ao conflito”.
A ministra dos Povos Indígenas, Sonia Guajajara definiu como “corajosa” a fala do presidente: “que esse posicionamento incentive outros países a condenarem a desumanidade que estamos vendo dia após dia”, escreveu.
Já o senador Ciro Nogueira, presidente do partido Progressistas classificou como “vergonhosa” a comparação. “O holocausto é incomparável e não pode ser naturalizado nunca. Em nome dos brasileiros, pedimos desculpas ao mundo e a todos os judeus, escreveu”.
O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), configurou como “repugnante” a fala de Lula.
Fala de Lula
Durante entrevista coletiva que encerrou sua viagem pela Etiópia, o presidente Lula afirmou que “o que está acontecendo na Faixa de Gaza não é uma guerra, mas um genocídio”.
Além disso, fez uma comparação dos ataques em Gaza, com o Holocausto: “o que está acontecendo na Faixa de Gaza com o povo palestino não existiu em nenhum outro momento histórico. Aliás, existiu. Quando Adolf Hitler resolveu matar os judeus”.
Segundo afirmou à CNN o assessor especial de assuntos internacionais da Presidência, o presidente não vai pedir desculpas por criticar os ataques do governo de Israel em Gaza.
“Sempre tratamos de maneira muito respeitosa e defendemos a solução de dois Estados, mas não tem nada do que se desculpar. Israel é que se coloca numa condição de crescente isolamento”, afirmou Amorim.
*Sob supervisão de Marcos Rosendo
POR CNNBRASIL