O clima de tensão tomou conta do centro de Rio Branco na manhã desta sexta-feira (8), quando um ponto de entrega de cestas básicas montado pelo Governo do Acre se transformou em palco de caos. O posto, instalado no Casarão para atender vítimas da enchente do Rio Acre na capital, enfrentou uma situação desafiadora com uma fila extensa e a demora na distribuição dos donativos.
A confusão eclodiu quando um dos moradores, impaciente com a espera, iniciou uma discussão que rapidamente se transformou em tumulto generalizado. Diante da necessidade de conter a manifestação, a Polícia Militar foi acionada, resultando no uso de spray de pimenta para dispersar a multidão.
A presidente em exercício do Procon e coordenadora da entrega, Camila Lima, explicou que os produtos foram adquiridos por meio de doações do programa “Juntos Pelo Acre” e que, apesar dos esforços, a demanda superou as expectativas. “Infelizmente são muitas pessoas. A gente não tem como prever a chegada de uma forma mais organizada. Mas de forma geral, eu percebo que a população está entendendo”, comentou.
Para receber os donativos, os moradores precisam chegar com antecedência, realizar um cadastro e comprovar que são vítimas dos bairros afetados pelas inundações em Rio Branco.
No entanto, a presença maciça de pessoas resultou em um cenário de desordem que exigiu a intervenção policial. O tenente-coronel Kleisson Albuquerque, da Polícia Militar do Acre, esclareceu que a atuação da PM visava manter a ordem e evitar incidentes mais graves. “O objetivo é fazer a segurança. Nós estávamos esperando menos pessoas e surgiu um número acima da expectativa e acumulou gente demais. Nós entendemos o momento. No início do tumulto, uma pessoa por algum motivo tentou agredir o policial”, explicou.
Como resultado da operação policial, três pessoas foram detidas durante a manifestação. O episódio serviu como alerta para a necessidade de melhorias na logística de distribuição de ajuda humanitária em situações de emergência, visando evitar novos episódios de desordem e garantir que os recursos cheguem de forma eficaz às comunidades necessitadas.
Com informações do ContilNet