Na manhã desta segunda-feira, 8, a diocese de Cruzeiro do Sul anunciou uma nova parceria com o Governo do Estado do Acre. A proposta apresentada pelo Governo em janeiro de 2024 foi aceita pela diocese, que assumirá a administração de cinco escolas estaduais que sempre funcionaram em regime de convênio entre as duas entidades. Essas escolas são a Divina Providência, a escola Padre Damião e a escola São José, em Cruzeiro do Sul, o Colégio São Francisco em Mâncio Lima e o Instituto São José em Tarauacá.
A proposta tem como base o compromisso de manter as escolas públicas e gratuitas, enquanto o Governo do Estado irá repassar um valor financeiro à Diocese, conforme o número de alunos matriculados. Esse repasse será estabelecido pelo Plano de Trabalho Anual (PTA), apresentado pela Diocese e aprovado pelo Governo Estadual.
A responsabilidade pela administração das escolas, incluindo a contratação de funcionários e professores, bem como os gastos administrativos previstos no PTA, ficará a cargo da Diocese. A contratação seguirá a legislação vigente (CLT), e a Diocese será também responsável pelo Projeto Político-Pedagógico, pelo Regimento Interno e pelo acompanhamento educacional dos alunos.
Francisco Gomes, diretor de gabinete do Governador em Cruzeiro do Sul, destaca que o processo é um resgate desafiador, visando fortalecer a gestão das escolas com o suporte governamental, o que garantirá uma ação mais efetiva do ponto de vista pedagógico. “A proposta é exatamente a gestão. Que a gestão passe a ser de fato da escola, com o suporte governamental, uma vez que isso garante também uma ação mais efetiva do ponto de vista pedagógico”, disse.
Rosa Mônica, diretora da Escola São José, ressalta que a estrutura pedagógica será modificada, e apesar de haver expectativa, ainda há muito a ser desdobrado para definir o cenário. No entanto, ela destaca sua avaliação muito positiva tanto para a equipe quanto para os alunos, destacando a importância de iniciar e terminar o ano letivo sem transições de professores, o que contribui para a estabilidade emocional dos estudantes e da equipe. “Só o fato de ter a noção de que vamos iniciar o ano letivo naquela data e terminar naquela data já é maravilhoso, sem ter que estar passando por transição de professores dentro da escola. Pois essa troca de professores adoece o sistema, só nós sabemos o que passamos no ano passado pela troca de professores. Emocionalmente para as crianças isso não é bom e para nós enquanto equipe também não é bom”, disse.
O bispo Dom Flávio ressalta que essa parceria trará um acompanhamento mais próximo aos alunos e a possibilidade de ter um quadro de professores definido desde o início do ano letivo, o que evitará situações de falta de profissionais ao longo do ano. Os profissionais serão contratados mediante editais a partir de setembro, representando uma oportunidade de emprego. O bispo pontua que, por enquanto, não é necessário apresentar currículo.
Por: Jurua Online
