Nego Di foi preso no dia 17 de julho após uma investigação do Ministério Público sobre fraude em uma rifa virtual promovida pelo ex-BBB e que tinha um Porsche, avaliado em mais de R$ 500 mil, como prêmio. Nesta quinta-feira (5/9), ele foi denunciado por estelionato, lavagem de dinheiro e uso de documento falso.
De acordo com o G1, o promotor Flávio Duarte defende a ideia de que a ganhadora não existe. “Ele fraudou a rifa para obter valores, induzir as pessoas a adquirirem os bilhetes em erro, obteve valores ilícitos em decorrência disso, não entregou o prêmio e, mais do que isso, ainda simulou a entrega ou a tentativa de entrega para uma pessoa que não existe”, declarou.
Já as advogadas Tatiana Borsa e Camila Kersch, responsáveis pela defesa de Nego Di, afirmaram que o ex-BBB “provará a inocência munida de provas que comprovam a licitude de seus bens, a realização de parte da doação por troca de cachê de publicidade e movimentação financeira lícita”.
“Seus bens apreendidos foram adquiridos de forma lícita, comprovando que sua renda é compatível com seu patrimônio. Ainda, em que pese o requerimento por parte do Ministério Público de alienação antecipada dos bens, tal decisão foi suspensa a pedido da Defesa”, declararam.
Tática de Nego Di, segundo o MP
De acordo com o Ministério Público, Nego Di teria transferido o veículo para terceiros e seria o dono do número sorteado. No vídeo em que tenta ligar para a vencedora, que não atende ao celular, um detalhe chamou a atenção dos investigadores.
O telefone de contato dela aparecia em outros dez cartões de contato, o que significa o número de vezes que aquele número foi encaminhado para outras conversas.
O MP ainda alega que a pessoa seria um personagem, inventado para dar legalidade à ação. Nego Di ainda foi acusado de contravenção penal e a sua esposa, Gabriela Sousa, por lavagem de dinheiro.
Nego Di: Justiça do RS nega pedido de revogação da prisão preventiva
A Justiça do Rio Grande do Sul negou o pedido de revogação da prisão preventiva de Nego Di. A defesa do influenciador fez a solicitação para tentar a liberdade condicional, visto que ele está preso desde 14 de julho por crimes de estelionato.
Segundo a juíza Patrícia Pereira Krebs Tonet, da 2ª Vara Criminal da Comarca de Canoas, a defesa do humorista não apresentou novos argumentos capazes de alterar a situação de detenção decretada pela Justiça. Nego Di ainda é investigado por lavagem de dinheiro, rifa eletrônica e fraude tributária.
Nego Di tem pedido de liberdade negado pela Justiça do RS
A Justiça do Rio Grande do Sul negou o habeas corpus da defesa de Nego Di, que pedia a liberdade do influencer e humorista. Ele está preso preventivamente em Canoas, na Região Metropolitana de Porto Alegre, desde domingo (14/7), por suspeita de estelionato.
Segundo a investigação policial, em 2022, Nego Di, junto de um sócio, abriu uma loja online que vendeu produtos que nunca foram entregues. O prejuízo às vítimas é estimado pelas autoridades policiais em R$ 5 milhões. O parceiro de negócios está foragido.
Em nota enviada ao G1, a defesa do humorista afirma que “mantém a confiança de que o Poder Judiciário verificará a desnecessidade da prisão preventiva neste momento, considerando os fatos e as circunstâncias do caso”. A defesa não quis detalhar, no entanto, que argumentos usou para tentar obter a liberdade do influencer.
De acordo com a Justiça, a prisão foi mantida com base em argumentos do MP: risco de fuga e porque Nego Di seguiria cometendo crimes.