O ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, negou, nesta terça-feira (22/10), que haja discussões no ministério para tratar de um possível fim da multa rescisória, paga aos trabalhadores após a demissão, ou sobre a redução do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS). O titular da pasta chamou a informação de “fake news”.
Em publicação no X, ele escreveu que “o Ministério do Trabalho e Emprego NÃO cogita ou realiza QUALQUER debate sobre o fim da multa rescisória, paga ao trabalhador e à trabalhadora após a demissão, ou sobre a redução do FGTS”.
A declaração ocorre após repercutir nas redes sociais a informação de que o governo federal, num pacote de corte de gastos, discute cortar o benefício dos cidadãos e usá-los para “afrouxar” o rombo nas contas públicas.
A revisão de cortes do governo Lula
Acontece dentro da equipe econômica é o estudo de mudanças na multa do FGTS e no seguro-desemprego no âmbito do pacote de revisão de gastos. O governo pretende passar um “pente-fino” para detectar fraudes e formas para economizar. Isso, ainda segundo o governo, não implicará no corte de benefícios para aqueles que têm direito de recebê-los.
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, também comentou sobre o assunto na última quarta-feira (16/10).
Ao ser questionado sobre a ideia ventilada de usar parte da multa de 40% paga pelo empregador para “financiar” o seguro-desemprego, ele disse não ser possível explicar exercícios que ainda estão sendo feitos pelos técnicos. Nessa proposta estudada, o governo gastaria menos com o benefício pago aos desempregados.
Vale lembrar que o governo ainda não detalhou as propostas oficialmente, mas sinalizou que essas alterações estão no radar. De acordo com a ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, estão sob análise mais de 30 medidas — algumas das quais poderão ser apresentadas em 2025 ou 2026.