O ministro da Casa Civil, Rui Costa, afirmou, nesta quarta-feira (30/10), que o governo federal fará os “ajustes necessários” para cumprir o arcabouço fiscal. A fala ocorre em meio à intensificação da pressão por corte dos gastos públicos.
O arcabouço fiscal, também chamado de Marco Fiscal, é a nova regra para as contas públicas que substituiu o teto de gastos. Ou seja, é a nova forma de controle do endividamento público brasileiro.
No X, o chefe da Casa Civil escreveu que “quem apostar contra o Brasil vai perder”.
Costa garantiu que “o presidente @LulaOficial vai fazer os ajustes necessários para manter o crescimento do país, assegurar investimentos e cumprir o arcabouço fiscal, enquadrando as despesas dentro das regras da meta fiscal”.
Expectativa para a revisão de gastos
Nesta semana, o mercado financeiro entrou em alvoroço ante à possibilidade de apresentação das medidas, com o dólar ultrapassando a marca dos R$ 5,76 — maior valor em mais de três anos.
O anúncio das medidas havia sido prometido para ser feito após o segundo turno das eleições municipais, realizado no último domingo (27/10). No entanto, nessa terça-feira (29/10), o ministro Fernando Haddad disse que não há uma data prevista.
“Não tem uma data. Ele [Lula] que vai definir. Está avançando a conversa. Estamos falando muito com o [Ministério do] Planejamento também”, disse. “Estamos fazendo as contas para ele [Lula] para fazer uma coisa ajustadinha”, completou.
Em viagem oficial na cidade de Washington, nos Estados Unidos (EUA), Haddad defendeu, na última quarta-feira (23/10), que o fortalecimento do arcabouço fiscal “é o remédio mais adequado para o momento” atual do país.