O Ministério Público do Estado do Acre (MPAC), por meio da Promotoria de Justiça de Defesa dos Direitos Humanos e Cidadania, abriu uma investigação para apurar uma denúncia de intolerância religiosa em uma escola estadual no Conjunto Universitário, em Rio Branco.
Segundo informações recebidas pelo MPAC, um grupo de estudantes praticantes do candomblé teria sido impedido de realizar uma apresentação cultural sobre a religião de matriz africana durante um evento em comemoração ao Dia da Consciência Negra, previsto para o final deste mês.
A denúncia relata que a direção da escola vetou a apresentação de uma dança dedicada aos orixás, que incluiria instrumentos como atabaques e cânticos em iorubá. A justificativa seria o receio de que a apresentação pudesse ofender alunos e familiares de tradição evangélica.
O promotor de Justiça Thalles Ferreira Costa solicitou esclarecimentos ao diretor da escola, por meio de um ofício, para obter mais detalhes sobre o caso. O objetivo é reunir informações para dar prosseguimento à Notícia de Fato que apura possíveis práticas de discriminação religiosa.
