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Acre lidera casos de dengue no Brasil em 2025, aponta Ministério da Saúde

O estado do Acre apresenta a maior taxa de incidência de dengue no Brasil, com um índice de 555,5 casos para cada 100 mil habitantes. Os dados foram divulgados pelo Ministério da Saúde e se referem às seis primeiras semanas epidemiológicas do ano.

Conforme o levantamento, o Acre já contabilizou 4.892 casos de dengue no período. Desses, dois óbitos estão sendo investigados e um foi confirmado. Somente na sexta semana epidemiológica, entre 2 e 8 de fevereiro, foram notificados 419 novos casos e uma morte está sob análise.

Atrás do Acre, São Paulo aparece com uma taxa de 357,7, registrando 164.463 casos prováveis. Na sequência, estão Mato Grosso, com 305,7 e 11.726 casos suspeitos, e Goiás, que apresenta um coeficiente de 205,9 e um total de 15.135 casos prováveis.

Aumento expressivo dos casos

Nas primeiras quatro semanas epidemiológicas de 2025, o Acre registrou 2.705 casos prováveis de dengue, o que representa um aumento de 34% em relação ao mesmo período de 2024, quando foram contabilizados 2.020 casos suspeitos. Em janeiro, o estado somou 3.787 ocorrências da doença e confirmou duas mortes.

Situação de emergência

Diante da alta no número de casos, o governo do Acre decretou situação de emergência em saúde pública em 8 de janeiro de 2024, devido ao avanço das arboviroses, incluindo a dengue. No último ano, o estado notificou 6.346 casos suspeitos, com 4.300 confirmações. Entre esses, 24 pacientes apresentaram sinais de alerta e uma criança de Cruzeiro do Sul faleceu. Além disso, dois outros óbitos seguem em análise.

Em 23 de janeiro, a Prefeitura de Rio Branco também decretou emergência em saúde pública após ultrapassar 800 notificações da doença. Já em 28 de janeiro, a Prefeitura de Feijó adotou a mesma medida para conter o avanço da dengue na região. No início de fevereiro, Cruzeiro do Sul seguiu o mesmo caminho, permitindo ações emergenciais para conter a epidemia, como a compra de insumos e a contratação de serviços essenciais.

Medidas de combate

As autoridades do Acre e de Rio Branco estão adotando diversas estratégias para frear a disseminação do vírus. Em 27 de janeiro, o estado recebeu 47,5 mil testes rápidos para diagnóstico da dengue, como parte de uma iniciativa do Ministério da Saúde que distribuiu 6,5 milhões de unidades em todo o país.

No dia seguinte, a Secretaria Municipal de Saúde de Rio Branco (Semsa) anunciou a implantação do projeto “Aedes do Bem”, que utiliza mosquitos geneticamente modificados para reduzir a população do Aedes aegypti. Segundo o secretário municipal de Saúde, Rennan Biths, a ação foi precedida por uma série de estudos e já é aplicada em outras regiões do Brasil.

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