A Seap preparou a transferência de forma discreta nos últimos dias, para evitar que as defesas dos presos buscassem liminares na Justiça
Na manhã deste domingo (23/2), a Secretaria de Administração Penitenciária (Seap) iniciou a transferência de 10 presos considerados de alta periculosidade para presídios federais.
Instabilidade
Os 10 líderes transferidos têm envolvimento direto com facções criminosas que atuam no Rio de Janeiro e no Brasil, e a medida visa interromper a cadeia de comando desses grupos, que continuam a exercer influência mesmo estando encarcerados. Relatórios de inteligência do governo do estado apontaram que essas lideranças criminosas estavam diretamente envolvidas na instabilidade da segurança pública fluminense.
O governador Cláudio Castro destacou que a transferência tem como objetivo enfraquecer as organizações criminosas e reduzir o poder de articulação de facções como o CV e TCP.
“Com a transferência de lideranças de milícias e facções para presídios em outros estados, conseguimos interromper uma cadeia de comando que continua a ser exercida, mesmo com os criminosos presos”, afirmou o governador. “Não mediremos esforços para proteger a população e enfraquecer as organizações criminosas no Rio de Janeiro”, completou.
O ministro Ricardo Lewandowski, por sua vez, ressaltou a importância da cooperação entre o governo federal e o estadual na luta contra o crime organizado. “Estamos empenhados em combater o crime de forma cooperativa e integrada”, disse o ministro, acrescentando que as vagas no Sistema Penitenciário Federal seriam abertas imediatamente para receber os presos.
Desde 2023, o governo do Rio já transferiu 34 criminosos para unidades federais. Em uma megaoperação realizada no ano passado, 16 líderes de facções foram removidos simultaneamente para presídios federais.
Por: Metrópoles