O Ministério Público do Estado do Acre (MPAC) abriu uma investigação após matéria do site Contil Net, contra um suposto integrante da maçonaria que, em um áudio vazado em grupos de WhatsApp, afirmou que a instituição não aceita homossexuais e “não deveria acolher pessoas com deficiência”.
O homem, identificado como Candiru, reside em Feijó, no interior do Acre. Ele confirmou a autoria do áudio em entrevista ao ContilNet no último dia 17 de janeiro, data em que a reportagem foi publicada.
“Rapaz, o que mais me impressionou foi agora em Feijó, nos bastidores, e descobri que na ordem, na Maçonaria, tem um irmão nosso – que se está na ordem, é nosso irmão – que ele é homossexual, e na nossa ordem não pode. Pela primeira vez eu vi isso e fiquei impressionado. Estou impressionadinho”, disse Candiru.
“O que eu tenho a declarar é isso. Não tenho obrigação. Sou da ordem e digo bem claro que a ordem não pode ter esse tipo de coisa. Não podemos ter nem pessoas com deficiência. O regimento da ordem não aceita”, acrescentou.
A Promotoria de Justiça Criminal de Feijó instaurou uma notícia de fato para apurar a possível prática do crime de homofobia.
“Diante da necessidade de reunir elementos para a apuração dos fatos, o MPAC ouviu as vítimas na unidade ministerial do município e segue adotando outras providências para esclarecer o caso”, informou o órgão em nota oficial.
Por: Contil Net