Imagens anexadas à denúncia mostram Mesquita tocando os seios e as partes íntimas da ex-assistente de palco, mesmo contra a vontade dela
O apresentador Otávio Mesquita foi acusado de estupro pela comediante Juliana Oliveira. Em uma representação criminal apresentada no Ministério Público de São Paulo (MP-SP), a mulher denuncia que a violência sexual teria ocorrido durante uma gravação do programa The Noite, comandado por Danilo Gentili, no SBT, no qual ela atuava como assistente de palco e produtora até o ano passado. As informações são da colunista Mônica Bergamo, da Folha de S. Paulo.
De acordo com a publicação, o caso aconteceu em 25 de abril de 2016. Imagens anexadas à denúncia mostram Mesquita tocando os seios e as partes íntimas de Juliana, mesmo contra a vontade dela.
A defesa da humorista, representada pelo advogado Hédio Silva Jr., diz que a lei penal “considera que a prática de atos libidinosos mediante violência configura estupro, ainda que não haja penetração”.
Em resposta à coluna, Mesquita negou as acusações e alegou ter sido “uma brincadeira combinada informalmente entre eles” antes do início das gravações do programa.
“É um absurdo [essa acusação]. Aquilo foi gravado. Ela demorou nove anos e só fez isso agora porque foi demitida e está chateada”, disse o apresentador.
Segundo Mesquita, ele não foi notificado sobre a representação e vai processar Juliana pelos danos provocados à sua imagem. “A minha ex-mulher e o meu filho estavam lá na plateia. Não houve um estupro. Foi uma brincadeira”, continuou.
Durante uma gravação do programa The Noite, de Danilo Gentili no SBT, Juliana diz ter entrado para ajudar Otávio Mesquita a retirar os equipamentos de segurança. O apresentador, então, apalpou os seios dela e a sua genitália. Ele também a prendeu com as pernas e simulou o ato sexual.
Mesquita ainda a abraça, a empurra no sofá e volta a fazer movimentos como se estivesse fazendo sexo com ela. O episódio durou cerca de três minutos.
“Juliana está fazendo cara feia, mas eu sei que ela gostou”, disse Danilo Gentili na ocasião.
A defesa da ex-assistente de palco alega que as imagens “evidenciam o uso de violência física, já que a vítima lutou ativamente para se desvencilhar do agressor, reagindo com tapas e chutes”.
“Essa resistência reforça a ausência de consentimento e elimina qualquer dúvida sobre a configuração do crime”, argumentam os advogados de Juliana. Eles alegam que a exposição do ocorrido em rede nacional “agrava a ofensa à dignidade da vítima”.
A defesa pede que o MP-SP denuncie Mesquita por estupro.