As forças de segurança de Cruzeiro do Sul se manifestaram sobre o caso da morte do jovem João Vitor, encontrado sem vida no Rio Juruá após desaparecer no último sábado (08). O delegado Everton Carvalho, representante do Núcleo Especializado em Investigação Criminal (NEIC), e o comandante da Polícia Militar, Daniel Teixeira, concederam entrevistas detalhando as investigações e ações realizadas para elucidar o crime.
Desaparecimento e início das investigações
Segundo o delegado Everton Carvalho, a Polícia Civil tomou conhecimento do desaparecimento de João Vitor inicialmente por meio das redes sociais e da mídia local. Ainda na noite de domingo (10), mesmo sem o registro formal do caso, os agentes iniciaram buscas e coletas de informações. Na segunda-feira pela manhã (11), a mãe do jovem oficializou a denúncia na delegacia, e as diligências foram intensificadas.
“A investigação chegou a alguns nomes. Hoje conseguimos localizar o lugar onde ele foi brutalmente assassinado. Foi uma ação violenta, feita pelo chamado ‘tribunal do crime’”, explicou o delegado.
De acordo com ele, uma mulher próxima da vítima, supostamente amiga, teria levado João Vitor ao local onde foi julgado e executado por criminosos.
Execução e localização do corpo
A Polícia Civil apurou que João Vitor foi morto em um local e posteriormente teve seu corpo jogado em outro ponto do município. “São áreas totalmente distintas, o que confirma a participação de mais pessoas. Algumas já foram identificadas e as prisões estão sendo providenciadas”, destacou Everton Carvalho.
O delegado também desmentiu boatos de que o assassinato teria relação com um episódio anterior em que João Vitor havia imobilizado um assaltante. “Não há nenhuma ligação entre os fatos. João era um jovem de bem, querido por todos”, reforçou.
Atuação da Polícia Militar e operação Oráculo
O comandante da Polícia Militar, Daniel Teixeira, explicou que a corporação acompanhou o caso desde o início e deflagrou a “Operação Oráculo”, com o envio de equipes especializadas para áreas estratégicas da cidade.
“Nossas guarnições foram direcionadas para pontos críticos e locais de difícil acesso, onde criminosos costumam agir. Durante a operação, conseguimos informações importantes, que foram repassadas à Polícia Civil”, afirmou.
Além disso, a Polícia Militar acionou a inteligência da PM do Amazonas para reforçar a busca por envolvidos que poderiam ter fugido para o estado vizinho.
Descoberta do corpo e isolamento da área
Quando a informação sobre um corpo no Rio Juruá chegou às autoridades, a Polícia Militar enviou uma equipe ao local. “Fizemos o primeiro isolamento e acionamos o Corpo de Bombeiros, que auxiliou na retirada do corpo”, disse Teixeira. A perícia foi realizada no local, e a investigação agora segue com a Polícia Civil.
“O compromisso da Polícia Militar e da Polícia Civil é dar uma resposta rápida à sociedade. Continuamos em campo para identificar e prender todos os envolvidos nesse crime brutal”, concluiu o comandante.
As investigações seguem em andamento, e novas prisões podem acontecer nos próximos dias.