O Desafio de Proteger Mulheres em Situação de Violência
Comandada pelo primeiro sargento Janderson de Oliveira, a Patrulha Maria da Penha de Cruzeiro do Sul tem sido um pilar essencial no combate à violência doméstica e no apoio às mulheres em situação de risco.

“Foram aproximadamente 5 mil atendimentos nos três anos de operação da patrulha”, compartilhou o comandante. No momento, a equipe acompanha cerca de 105 mulheres, um número que revela a alta demanda e a continuidade da violência contra a mulher no município. Janderson enfatiza que a violência doméstica ainda é um grave problema, com dois a três casos diários registrados.
Aumento no Atendimento: Manutenção da Violência
O ano de 2025 começou com números semelhantes aos de 2024. “O número de atendimentos não teve um aumento significativo nos três primeiros meses de 2025, em relação ao ano passado, mas os índices ainda são preocupantes”, revela o sargento. Esses números demonstram que a violência doméstica permanece alta, refletindo a necessidade de continuar a vigilância e os esforços de proteção.
Ação da Patrulha Maria da Penha: Acompanhamento e Fiscalização
A principal missão da Patrulha Maria da Penha é o acompanhamento das mulheres que receberam medidas protetivas. Após a Vara da Mulher emitir essas medidas, a equipe entra em ação, realizando visitas periódicas às vítimas, fiscalizando o cumprimento das ordens e garantindo a segurança das mulheres. “A nossa atuação também inclui rondas nas residências dessas mulheres para verificar se o agressor está cumprindo a medida de afastamento”, explica Janderson. Além disso, a patrulha atua preventivamente, oferecendo suporte e orientação contínuos às vítimas.
Violência Física e Psicológica: A Realidade Enfrentada pelas Mulheres
De acordo com o comandante, a violência física continua sendo a mais frequente nos casos atendidos. No entanto, ele destaca o aumento da violência psicológica, que também tem causado grande impacto nas mulheres. “Apesar de ser mais difícil de identificar, a violência psicológica é devastadora e exige um acompanhamento psicológico adequado”, ressalta. A complexidade desse tipo de violência exige ações preventivas que vão além do apoio imediato, como a oferta de apoio psicológico e soluções a longo prazo para a recuperação das vítimas.
Deslocamento para Áreas de Difícil Acesso
A Patrulha Maria da Penha enfrenta desafios logísticos, principalmente para atender as mulheres em áreas rurais e de difícil acesso. As equipes de atendimento se deslocam para essas regiões todos os dias, assegurando que a violência seja combatida em todas as localidades. Janderson explica que o primeiro atendimento é realizado pelas viaturas de patrulhamento diurno. A Patrulha Maria da Penha entra em ação após o recebimento da medida protetiva, oferecendo o acompanhamento contínuo e a segurança necessária às mulheres em risco.
Parcerias Essenciais na Rede de Proteção
A rede de proteção à mulher em Cruzeiro do Sul é fortalecida por importantes parcerias. O trabalho conjunto com a Secretaria da Mulher do Estado e outros órgãos tem sido fundamental para combater o feminicídio e a violência doméstica. “A parceria com a Secretaria da Mulher do Estado e outros órgãos tem sido essencial. Com essa rede de apoio, conseguimos oferecer um suporte mais completo às mulheres”, destaca o sargento.
Quebra de Medida e Combate ao Feminicídio
No ano passado, a Patrulha Maria da Penha realizou uma importante apreensão em flagrante, quando um agressor que violou a medida protetiva foi capturado. “Esse tipo de ação mostra a eficácia da nossa atuação, a importância do acompanhamento constante e a necessidade de reforçar as medidas de proteção para evitar tragédias”, afirma Janderson. A ação eficaz da patrulha no combate ao feminicídio é um reflexo do comprometimento com a segurança e o bem-estar das mulheres de Cruzeiro do Sul.
A Luta pela Segurança das Mulheres Continua
Embora os números ainda sejam alarmantes, a Patrulha Maria da Penha segue firme em sua missão de proteger as mulheres e combater a violência doméstica. “Nosso trabalho não é fácil, mas é essencial para garantir que as mulheres possam viver sem medo. Estamos comprometidos em continuar essa luta diária”, conclui o sargento Janderson de Oliveira. Com a parceria da sociedade e das instituições, o trabalho da Patrulha Maria da Penha segue como uma referência no combate à violência contra a mulher em Cruzeiro do Sul.