Capitão Daniel Teixeira detalha ação da Polícia Militar e reforça compromisso com a elucidação do crime
Na tarde da última segunda-feira (14), moradores do bairro da Cohab, em Cruzeiro do Sul, foram surpreendidos por mais um episódio de violência. Um homem foi executado em plena luz do dia, por volta das 13h, com ao menos três disparos de arma de fogo, segundo informou o capitão da Polícia Militar, Daniel Teixeira. O crime ocorreu em uma área residencial e, até o momento, não há suspeitos identificados.
Acionamento e primeiros atendimentos
“A Polícia Militar foi acionada inicialmente para atender uma possível tentativa de homicídio”, relatou o capitão. Ao chegarem ao local, os policiais se depararam com uma equipe do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) que já realizava os primeiros procedimentos médicos. No entanto, o que pôde ser feito ali foi apenas a constatação do óbito.
Isolamento da área e primeiros levantamentos
A guarnição de Rádio Patrulha imediatamente isolou a área para preservar a cena do crime. A Polícia Técnica e o Instituto Médico Legal (IML) foram acionados para realizar a perícia e recolhimento do corpo. Segundo o capitão Daniel, as marcas de pelo menos três perfurações de bala na região do tórax foram constatadas ainda no local.
“Infelizmente, a vítima não resistiu à gravidade dos ferimentos. Os tiros foram certeiros, e ele morreu ali mesmo”, afirmou o oficial.
Falta de testemunhas e silêncio da comunidade
Apesar da movimentação no momento do crime, a Polícia Militar encontrou dificuldades para colher informações. “Infelizmente, não conseguimos identificar testemunhas. As pessoas presentes não quiseram ou não se sentiram seguras para fornecer detalhes sobre o que ocorreu”, disse o capitão.
Mesmo com o silêncio da vizinhança, os policiais recolheram indícios e cruzaram dados, repassando tudo às equipes da Polícia Civil para subsidiar as investigações.
Suposta agressão antes dos tiros é investigada
Circulou a informação de que a vítima teria sido espancada antes de ser baleada, mas, segundo o capitão, essa hipótese ainda será apurada tecnicamente. “Essa confirmação depende do laudo pericial. Somente o IML poderá afirmar se houve agressões anteriores aos disparos”, reforçou.
Vítima teria envolvimento com pequenos delitos
Segundo informações do setor de inteligência da própria polícia, a vítima já teria se envolvido em pequenos delitos, o que levanta a suspeita de que o crime possa estar ligado ao acerto de contas ou ao crime organizado. No entanto, o capitão Daniel foi enfático ao afirmar que nada justifica uma execução.
“Mesmo que tivesse passagens, isso jamais pode ser justificativa para alguém perder a vida dessa forma. Estamos engajados em descobrir quem cometeu esse homicídio para que a justiça seja feita”, pontuou.
Investigações continuam sob responsabilidade da Polícia Civil
A autoria do crime ainda é desconhecida e há a suspeita de que mais de uma pessoa possa ter participado da ação. No entanto, a identificação dos envolvidos agora está sob responsabilidade da Polícia Civil. “A Polícia Militar segue colaborando com patrulhamento e repassando todas as informações que possam contribuir com as investigações”, concluiu o capitão.
A execução reacende o alerta para a escalada da violência em Cruzeiro do Sul e reforça a necessidade de ações integradas entre forças de segurança e comunidade. O caso segue em investigação.
