Onça fugiu após tiros terem sido disparados; foram encontrados os pés e ossos que seriam do caseiro
No resgate dos restos mortais do caseiro Jorge Ávalo, 60 anos, a equipe se deparou com a onça-pintada, que chegou a avançar em um dos homens. Jorginho havia desaparecido na segunda-feira e foi encontrado esta manhã, na retomada das buscas no Pantanal.
O ataque teria ocorrido entre 5h30 e 6h30 de ontem. O corpo foi encontrado pelo cunhado, amigo e um policial militar esta manhã, por volta das 6h, em área distante 300 metros do ponto do ataque da onça, no pesqueiro Touro Morto, localizado no encontro dos rios Miranda e Aquidauana.
O grupo saiu e voltou com integrantes da PMA (Polícia Militar Ambiental) para retirada dos restos mortais. Segundo apurou a reportagem, neste retorno, nada foi encontrado no ponto indicado. A onça-pintada havia voltado e estava arrastando o que sobrou, sendo encontrada a cerca de 50 metros para frente. A informação é que ela tentou ficar com a presa, avançando sobre os homens.
O animal pulou na direção de um dos homens, que caiu e foi atacado. Tiros foram disparados e a onça fugiu, deixando para trás os restos da vítima: os dois pés, ainda nas botinas, pedaço da perna, a calça destroçada e ossada, não sendo possível identificar de qual parte seria.
“Achei que com os tiros ela ia largar e correr, que perigo, hein, cara?!”, um deles comenta. Homem identificado como Paulo mostra o corte no braço, que teria ocorrido no ataque da onça.
Segundo informações da Polícia Civil, foram até o local equipes da PMA, da perícia criminal e da funerária de plantão para retirada dos restos mortais. A identificação formal será realizada com base em exame de DNA.
O corpo será encaminhado ao Núcleo Regional de Medicina Legal de Aquidauana. Conforme informações da polícia, a tipificação será alterada para morte por causa indeterminada, visando a instauração de Inquérito Policial e elaboração dos Laudos Periciais Requisitados.
Mais cedo, Reginaldo Ávalo, 55 anos, irmão de Jorginho, relatou ao Campo Grande News que o caseiro sempre enviava imagens de onças-pintadas que circulavam próximo do pesqueiro, mas dizia que nunca havia sido atacado. O corpo dele será velado em Anastácio.
O pesqueiro fica em região onde é comum o registro de onças no entorno. Há um mês, vídeo feito no local mostra um desses felinos circulando na área.
Por: campograndenews