Análise é feita em relação aos dados nacionais, e o Acre aparece em destaque no combate à extrema pobreza, com aumento da renda média em 8,8%
O Acre atingiu os menores índices de pobreza de sua história recente nos últimos 12 anos, aponta um estudo brasileiro ao revelar que, no mesmo período, em todo o país, 8,5 milhões saíram da pobreza em 2024. Os dados apontam que, no Acre, a extrema pobreza caiu 42% e a renda média subiu 8,8%.
Isso reflete a elevação da renda média mensal da população com rendimento que, no Acre, subiu de R$ 2.087 em 2023 para R$ 2.271 em 2024.

Acre reduziu nível de pobreza em 42% nos últimos 12 anos. Foto: Marcello Casal/Arquivo/Agência Brasil)
Os números foram divulgados pelo Instituto Jones dos Santos Neves (IJSN), vinculado à Secretaria de Estado de Economia e Planejamento (SEP) do Espírito Santo, cuja finalidade é produzir conhecimento e subsidiar políticas públicas por meio da elaboração e implementação de estudos, pesquisas, planos, projetos e organização de bases de dados estatísticos e georreferenciados, nas esferas estadual, regional e municipal, voltados ao desenvolvimento socioeconômico daquele estado.
Em nível nacional, o IJSN revelou que o Brasil registrou em 2024 seus melhores indicadores sociais desde 2012, com destaque para o Acre, que apresentou uma das reduções mais expressivas nos índices de pobreza do país.
Os dados mostram:
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Taxa de extrema pobreza no estado despencou de 13,2% para 7,6% (queda de 42%);
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Pobreza geral recuou de 51,5% para 46,2%;
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Renda média mensal subiu 8,8%, de R$ 2.087 em 2023 para R$ 2.271.
“Essa evolução reflete o acerto das políticas públicas integradas entre governo, iniciativa privada e sociedade civil”, afirmou Marky Brito, da Secretaria de Planejamento do Acre. O estado acompanhou a tendência nacional que tirou 8,5 milhões da pobreza e 1,9 milhão da miséria em 2024.
Os especialistas atribuem os resultados ao fortalecimento de programas sociais, geração de emprego e investimentos em educação. No Acre, a redução recorde da miséria – a menor em 12 anos – sinaliza que o estado está construindo um caminho sustentável para reduzir desigualdades e promover justiça social.
A metodologia é baseada em dados oficiais, ressalta o IJSN. A pesquisa foi realizada com base nos microdados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A análise foi conduzida pelas coordenações de Estatística e de Estudos Sociais do IJSN.
As linhas de pobreza e extrema pobreza foram calculadas utilizando valores de renda domiciliar per capita, ajustados para 2024. Foram considerados em situação de pobreza os indivíduos com renda mensal de até R$ 692,54 e em situação de extrema pobreza os que vivem com até R$ 217,37 mensais. Esses critérios seguem referenciais do Banco Mundial e da literatura especializada.
Com base nesses parâmetros, o IJSN estimou o número de pessoas em situação de vulnerabilidade social em cada unidade da federação e calculou as respectivas taxas. O objetivo do estudo é subsidiar políticas públicas com evidências científicas, permitindo uma análise regionalizada dos avanços e desafios na superação da pobreza no Brasil.
Por: Contil Net