Em apenas 5 meses já é possível observar um aumento de 175% nos casos de febre Mayaro no Acre, em comparação com todo ano passado. O boletim epidemiológico das arboviroses da Secretaria de Saúde do Acre (Sesacre) mostra que foram confirmados 11 casos em 2025 e apenas 4 em 2024.
Ainda segundo o boletim, do dia 1º de janeiro a 17 de maio, mais de 7 mil amostras foram atestadas. Os municípios com maior volume de testagens foram Rio Branco com 4.162, Cruzeiro do Sul com 1.948 e Feijó com 171.
Os 11 casos confirmados foram registrados nas seguintes cidades:
- Cruzeiro do Sul – seis casos,
- Rio Branco – três casos
- Porto Acre – 1 caso
- Rodrigues Alves – caso.
O boletim explica que somente a partir de abril de 2023 que os primeiros testes para a febre Mayaro fora feitos. Houve um acréscimo de 100% em relação à somatória dos anos de 2023 e 2024.

A febre do Mayaro é uma doença infecciosa febril aguda, cujo quadro clínico geralmente é de curso benigno, semelhante à dengue e à Chikungunya.
Cruzeiro do Sul
Em Cruzeiro do Sul, segunda maior cidade do Acre, está em alerta devido ao aumento de casos da febre Mayaro. Conforme o boletim epidemiológica, o município tem seis casos confirmados, o que representa um aumento de 100% em comparação com o ano de 2024, que não teve nenhuma incidência da doença.
Comparando com 2023, houve um aumento de 50% nos casos, quando foram confirmados três casos.
Em entrevista à Rede Amazônica, o secretário municipal de saúde, Marcelo Siqueira, explicou que autoridades vem trabalhando em ações de combate ao mosquito vetor, com campanhas educativas e visitas domiciliares para eliminação de focos de proliferação.
A principal forma de prevenção é a adoção de medidas para eliminar locais com água parada, que servem como criadouros.
O secretário destacou que para identificar a doença é feito um diagnóstico diferenciado na rede pública de saúde. “No Lafron [laboratório de fronteira] é feita a investigação pra dengue, Chikungunya e também Zica vírus e dando negativo esse exame para esses três tipos virais, faz-se uma investigação secundária” explicou ele.
Marcelo citou que essa confusão ocorre porque o vírus provoca uma poliartrite: dores por todo o corpo. Após ser descartado as três primeiras doenças, a amostra é enviada para a capital acreana.
“A amostra é enviada o Lacen [Laboratório Central de Saúde Pública] e é feita a investigação se há justamente o vírus Mayaro”, resumiu.
Por: G1 Acre