Na metade do mês de maio, o Hemonúcleo de Cruzeiro do Sul enfrenta uma das situações mais delicadas dos últimos tempos. O estoque de bolsas de sangue está em nível crítico, e a demanda, especialmente por conta do aumento no número de cirurgias eletivas e emergenciais, não para de crescer. Em meio à preocupação, o apelo à população é claro: é urgente doar sangue.
Jean Carlos, assistente social do Hemonúcleo, explica que o momento exige solidariedade.

“O nosso estoque realmente está muito baixo. As demandas estão muito altas, principalmente de cirurgias que estão acontecendo não só aqui no hospital do Juruá, mas também de outras unidades de saúde que recorrem ao nosso banco de sangue. Precisamos urgentemente da colaboração da população”, reforça.
O Hemonúcleo está precisando de todos os tipos sanguíneos, mas os estoques mais críticos são dos tipos A positivo, A negativo e todos os tipos negativos, que são mais raros e, por isso, ainda mais difíceis de repor.
Risco de adiamento de cirurgias
A falta de doadores pode afetar diretamente a realização de procedimentos médicos. “Se não tivermos doadores, não teremos bolsas de sangue. E, nesse ritmo, corremos o risco real de ter que adiar cirurgias por falta de sangue”, alerta Jean.
Segundo ele, o número de doadores nos primeiros 15 dias de maio está abaixo da média dos meses anteriores. “Ainda não conseguimos equilibrar entrada e saída. Os estoques não estão sendo recompostos no ritmo necessário, o que aumenta nossa preocupação”, disse.
Como doar sangue
Para doar, é simples: basta comparecer ao Hemonúcleo com um documento oficial com foto, estar em boas condições de saúde, ter dormido bem na noite anterior, não estar em jejum e não apresentar sintomas de gripe.