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Mototaxistas de Cruzeiro do Sul denunciam avanço do transporte clandestino e pedem mais fiscalização da Prefeitura

Em Cruzeiro do Sul, os mototaxistas legalizados enfrentam uma batalha diária contra o transporte clandestino, que, segundo eles, cresce desordenadamente e prejudica diretamente o trabalho de quem atua dentro da legalidade. Adson Souza de França, atual presidente da associação da categoria, fez um apelo público às autoridades para que tomem providências diante do cenário que ele classifica como “fora de controle”.

“Para ser mototaxista legalizado, temos que cumprir uma série de exigências: apresentar antecedentes, fazer curso de qualificação, pagar tributos municipais, estaduais e federais. Já os clandestinos não têm nenhum custo com isso, nem passam por fiscalização”, explicou Adson, visivelmente frustrado.

A principal reclamação é quanto à falta de atuação da Prefeitura na fiscalização. “A nossa categoria paga imposto, está em dia com a documentação, segue as normas de segurança. O que a gente vê é um abandono. Quem deveria fiscalizar, não fiscaliza”, reforça o presidente.

Segundo ele, o problema se agravou nos últimos anos e tem afetado não apenas a renda dos mototaxistas, mas também a segurança dos usuários. “Transporte de passageiros exige responsabilidade, capacitação e estrutura. Quem opera na clandestinidade não oferece isso. O risco recai sobre a população”, alertou.

Aplicativos em atuação irregular

Adson também denunciou a atuação de um aplicativo que, segundo ele, vem cadastrando pessoas para operar como mototaxistas, mesmo sem regulamentação municipal. “Estão usando fardas, aparentando ser legalizados, mas não são. Não há lei aprovada em Cruzeiro do Sul para esse tipo de serviço por aplicativo. Isso é grave e precisa ser investigado”, afirmou.

Efeitos sobre a categoria

Apesar das dificuldades, Adson diz que os mototaxistas continuam oferecendo um serviço de qualidade, com responsabilidade. Porém, reconhece que o desânimo já atinge parte da categoria. “Tem colegas pensando em desistir, porque não conseguem mais sustentar a casa. O apelo é para que o poder público olhe por nós. Não queremos privilégios, apenas que a lei seja cumprida”, finalizou.

A categoria aguarda posicionamento oficial da Prefeitura de Cruzeiro do Sul sobre o tema e reforça o pedido de mais fiscalização para garantir um transporte seguro e justo para todos.

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