Chefe da unidade reforça que imunização de bezerras de 3 a 8 meses é obrigatória e deve ser declarada até 30 de junho
Desde o dia 1º de abril, está em andamento a campanha anual de vacinação contra a brucelose bovina em Cruzeiro do Sul. A ação segue até o dia 30 de junho e tem como foco a imunização obrigatória de fêmeas bovinas de 3 a 8 meses de idade. Apesar da relevância da campanha, o número de declarações por parte dos produtores segue abaixo do esperado, o que acende um sinal de alerta para o Instituto de Defesa Agropecuária e Florestal do Acre (IDAF).

“Vacinar é só parte do processo, tão importante quanto aplicar a vacina é declarar no sistema do IDAF. Se isso não acontece, o produtor continua inadimplente para o Estado”, explica Tatiana Oliveira, chefe da unidade do IDAF em Cruzeiro do Sul.
Doença silenciosa e com alto impacto econômico
A brucelose é uma doença reprodutiva que compromete seriamente a produtividade nas propriedades rurais. “Ela pode causar abortos, ausência de cio e infertilidade nas fêmeas, e o produtor, muitas vezes, acha que está errando no manejo, quando, na verdade, é a doença que está ali, silenciosa”, detalha Tatiana.
Ela explica que, ao longo da vida do animal, essa é a única dose obrigatória contra a brucelose. “É uma vacina que o produtor adquire em lojas agropecuárias e que precisa ser aplicada por um profissional habilitado. Depois disso, é obrigatório comparecer ao IDAF para fazer a declaração.”
Falta de vacina e retomada da distribuição
Segundo Tatiana, houve um momento de escassez da vacina no comércio local logo após o início da campanha, reflexo da alta procura nos primeiros dias. No entanto, a situação já foi normalizada. “A vacina já está disponível novamente, então os produtores podem seguir com a vacinação normalmente”, afirmou.
Atendimento e orientação
A equipe do IDAF está disponível para orientar os produtores rurais, esclarecer dúvidas e receber as declarações. A sede do Instituto em Cruzeiro do Sul fica localizada na Rua Rego Barros, número 168, em frente à OCA, no Centro da cidade.
“Temos uma boa relação com os produtores, e nossa equipe está preparada para atendê-los, tanto presencialmente quanto por telefone. É importante que eles não deixem para o último dia, porque imprevistos acontecem, principalmente na rotina do campo”, alertou Tatiana.
Evite transtornos: antecipe-se
O IDAF lembra que os finais de semana e feriados não contam como dias úteis para entrega das declarações. Por isso, o ideal é que os criadores planejem com antecedência o calendário de vacinação e a entrega dos comprovantes.
“Essa é uma campanha que protege o rebanho e evita prejuízos econômicos para o produtor. É uma ação simples, feita apenas uma vez ao longo da vida do animal, mas que tem um impacto enorme para a saúde do rebanho e para o controle sanitário no estado”, concluiu a chefe do IDAF.
Produtores que ainda não iniciaram o processo devem agir com urgência. Vacinar e declarar é mais do que uma exigência legal — é um compromisso com a sanidade animal e com a própria produção rural.