Segundo o delegado Vinícius Almeida, autor confessou crime e alegou ter agido por indignação ao ver a vítima agredir um terceiro homem. Vítima morreu no Hospital do Juruá horas após ser socorrida.
Noite de consumo e violência
Um desentendimento entre usuários de drogas terminou em tragédia na madrugada desta quarta-feira (7), em Cruzeiro do Sul. Um homem identificado até o momento apenas como “Zé” morreu no Hospital do Juruá após ser agredido com pauladas por outro usuário, que já está preso e foi interrogado pela Polícia Civil. O caso aconteceu em uma área frequentada por dependentes químicos, e de acordo com o delegado Vinícius Almeida, o autor confessou o crime e alegou ter agido por revolta.

“Segundo o próprio autor, ele e a vítima estavam ingerindo bebida alcoólica e usando drogas quando, em dado momento, um outro homem passou pelo local. A vítima, sem motivo aparente, teria agredido essa terceira pessoa com um pedaço de pau. Indignado com a situação, o autor tentou impedir a agressão, mas acabou sendo atacado pela vítima. Ele então conseguiu tomar o pedaço de pau e passou a agredir o outro homem”, relatou o delegado.
“Eu só quis impedir a agressão”, disse o autor
Durante o interrogatório, o suspeito contou que desferiu uma paulada na cabeça da vítima, que caiu no chão. Mesmo assim, ele continuou as agressões e deu mais duas pauladas nas costas de “Zé”. Ainda segundo o delegado, o autor parou de bater por vontade própria e foi contido por populares que presenciaram o fato, até a chegada da Polícia Militar.
O suspeito apresentava hematomas nos braços, o que, segundo ele, teriam sido causados durante a briga. No momento do interrogatório, ele afirmou não saber que a vítima havia morrido. “A vítima ainda chegou com vida ao hospital, mas não resistiu aos ferimentos e faleceu durante o atendimento médico”, informou o delegado.
Tragédia marcada pelo vício
Tanto a vítima quanto o autor seriam dependentes químicos. De acordo com o delegado Vinícius Almeida, não há indícios de que fossem moradores ou comerciantes do local onde tudo aconteceu. “O autor relatou que já vinha fazendo uso contínuo de cachaça e de pedras de crack. Foi nesse contexto de drogadição que a violência evoluiu para a morte”, explicou.
Família ainda não procurou a polícia
Até o momento do interrogatório, nenhum familiar da vítima havia procurado a Polícia Civil para obter informações sobre o caso. A identidade completa da vítima ainda está sendo confirmada pelas autoridades. O homem era conhecido apenas pelo apelido “Zé”.
A Polícia Civil segue com as investigações e deve ouvir testemunhas nos próximos dias para esclarecer os detalhes do crime.