O filme está sendo realizado por mulheres e conta com co-direção de cinesta indígena
O filme Corredor Cultural do Vale do Juruá, produzido no Acre, deverá ser exibido na 30ª Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas (COP 30), marcada para novembro em Belém do Pará. O longa-metragem é uma realização da cineasta carioca Nicole Algranti, com codireção da indígena Mara Vanessa Paeteni Huni Kuin, do município de Jordão.
As gravações foram feitas em maio e junho nos municípios de Cruzeiro do Sul e Marechal Thaumaturgo. O projeto tem apoio do Sebrae Acre, da Fundação de Cultura Elias Mansour (FEM) e da Prefeitura de Marechal Thaumaturgo. A produção será retomada em setembro, com novas filmagens no estado.
A proposta do filme é apresentar a diversidade cultural, gastronômica, indígena e social do Vale do Juruá, além de retratar os impactos das mudanças climáticas na vida da população local. As informações são do ac24horas.
Segundo Nicole Algranti, o longa também funcionou como um projeto formativo. “Este também foi um filme escola, onde tivemos a participação da codiretora Mara Vanessa Paeteni Huni Kuin, que atualizou seus aprendizados técnicos usando o gimble e câmera de última geração 6K e me ajudou na direção e câmera. Também tive na equipe Francisco Serra, que é um dedicado pesquisador de cinema, assistente de direção, que também nos auxiliou no roteiro”, afirmou.
Mara Vanessa ressaltou a importância de levar à COP 30 a realidade dos povos da floresta. “Pensamos em fazer um vídeo sobre a questão climática, porque é muito importante para o mundo saber como isso chega na realidade dos indígenas e não indígenas”, disse. Ela já participou da produção do filme Um rito de passagem Huni Kuin, Nixpu Pima, ao lado de seu pai, Norberto Sales, no município de Jordão.
Durante as gravações, as cineastas realizaram oficinas de edição para estudantes de Marechal Thaumaturgo e para jovens mulheres indígenas da etnia Ashaninka.
Por: Contil Net