A ministra Gleisi Hoffmann, que comanda a Secretaria de Relações Institucionais, afirmou ser “incompreensível” a alta da taxa básica de juros anunciada pelo Banco Central (BC) na quarta-feira (18). A Selic foi elevada de 14,75% para 15% ao ano.
“No momento em que o país combina desaceleração da inflação e déficit primário zero, crescimento da economia e investimentos internacionais que refletem confiança, é incompreensível que o Copom aumente ainda mais a taxa básica de juros”, escreveu a ministra em publicação no X nesta quinta-feira (19).
Esta é a sétima vez que o Comitê de Política Monetária (Copom) eleva a Selic desde a retomada do ciclo de aperto monetário em setembro de 2024. Em comunicado, o BC sinalizou que o ciclo de aumentos será interrompido.
“O Brasil espera que este seja de fato o fim do ciclo dos juros estratosféricos”, completou a ministra.
Em maio, Gleisi afirmou que o presidente do BC, Gabriel Galípolo, está administrando os efeitos de uma “herança maldita” deixada por seu antecessor, Roberto Campos Neto.
O Brasil ocupa agora a segunda posição no ranking dos maiores juros reais do mundo, após a decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) de elevar a taxa Selic para 15%.