Até o final do ano, as igrejas católicas e as coligadas a ela nesse movimento irão trabalhar para disseminar e promover reflexão sobre a ecologia integral e o exercício da fraternidade
Com o tema “Fraternidade e Ecologia Integral” e o lema “Deus viu que tudo era muito bom”, a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) lançou na quarta-feira (5) a Campanha da Fraternidade de 2025.
A Encíclica Laudato Si (louvado sejas) que trata do cuidado da casa comum, é um documento elaborado pelo Papa Francisco que completa dez anos. Até o final do ano, as igrejas católicas e as coligadas a ela nesse movimento irão trabalhar para disseminar e promover reflexão sobre a ecologia integral e o exercício da fraternidade.
No conceito de ecologia integral, os humanos são convidados a realizar uma conversão integral, sem separar uma crise de outra como se a resolução de uma delas resolvesse todos os graves problemas. Ao contrário, é preciso compreender a unicidade entre a conduta social e os impactos na natureza. Na Laudato Si, o Papa Francisco faz um apelo para que haja renovação do diálogo a respeito da construção do futuro do planeta que representa o futuro da própria humanidade.
Na Campanha da Fraternidade, são enfatizadas as dimensões de afeto e de cuidado que estão encarnadas na vida de São Francisco e a Amazônia, para qual o papa escreveu a exortação apostólica pós-sinodal, em 2020, em resposta ao Sínodo dos Bispos da Região Pan-Amazônica, no ano de 2019. Nesse sínodo, o Papa Francisco teve encontros com diferentes povos indígenas dos países pan-amazônicos e deles ouviu denúncias, pedidos de socorro para que pudessem continuar em seus territórios e ter suas culturas respeitadas. Também conheceu uma série de rituais.
Diz um dos trechos de “Querida Amazônia”, “{…} a Igreja não pode estar menos comprometida, chamada como está a ouvir os clamores dos povos amazônicos, para poder exercer com transparência o seu papel profético. Entretanto como não podemos negar que o joio se misturou com o trigo, pois, os missionários nem sempre estiveram do lado dos oprimidos, deploro-o e mais uma vez ‘peço humildemente perdão, não só pelas ofensas da própria Igreja, mas também pelos crimes contra os povos nativos durante a chamada conquista da América e pelos crimes atrozes que se seguiram ao longo de toda a história da Amazônia’”.
Por: A critica