Nessa sexta-feira (7), a Polícia Civil de São Paulo ouviu sete testemunhas que podem estar ligadas à ocorrência
O assassinato da jovem Vitória Regina de Souza em Cajamar, na Grande São Paulo, ainda continua sob investigação da Polícia Civil. Nessa sexta-feira (7), sete pessoas ligadas ao caso foram ouvidas pela corporação na sede do Grupo de Operações Especiais (GOE) do município de Franco Rocha.
Uma dessas pessoas é o ex-namorado de Vitória, Gustavo Vinicius Moraes, de 25 anos, que na última quinta-feira (6) teve o pedido de prisão temporária negado pela Justiça do Estado. Também na sexta-feira, a perícia forense realizou diligências em veículos usados por algumas das testemunhas no dia em que Vitória desapareceu.
Os primeiros trabalhos ficaram concentrados em um Chevrolet Corsa, branco. Conforme a Folha de São Paulo, no veículo foi apreendida uma blusa rosa, um par de chinelos, os tapetes do carro e ferramentas. Fios de cabelos foram encontrados no porta-malas.
Cães farejadores também foram utilizados na perícia. A equipe coletou digitais presentes no volante do carro, sinalizadas pelo animal. Os mesmos procedimentos foram realizados em outro veículo, um Gol, também da cor branca.
Em nota ao Diário do Nordeste, a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo (SSP-SP) informou que todo o material recolhido foi levado até uma sede do Instituto Médico Legal (IML) e do Instituto de Criminalística (IC). “Os laudos estão em elaboração, sendo analisados pela autoridade policial tão logo forem concluídos”, diz o boletim.
Polícia investiga suspeitos
O local onde Vitória foi encontrada, uma mata fechada cerca de cinco quilômetros de distância de onde morava, também foi investigado pela Polícia Civil na tarde dessa sexta. Segundo o g1, a polícia ligou diretamente três pessoas à morte da adolescente. A identidade delas, entretanto, não foi revelada.
Procurada pelo Diário do Nordeste, a SSP-SP se restringiu a dizer que “as investigações do caso seguem pela Delegacia de Cajamar, que realiza diligências para identificar os envolvidos e esclarecer os fatos”.
Ainda não estão claras as motivações do crime, embora pessoas próximas ligadas à vítima suspeitem de ciúmes, vingança e ameaça.
Relembre o caso
Vitória Regina, de 17 anos, ficou desaparecida por uma semana até ser encontrada sem vida na última quarta-feira (5). Ela sumiu na noite do dia 26 de fevereiro, após voltar do local onde trabalhava, o restaurante de um Shopping em Cajamar.
Imagens de câmeras de segurança e mensagens enviadas a uma amiga ajudaram a Polícia a reconstruir os passos de Vitória até o desaparecimento dela. Após sair do trabalho, ela foi seguida por dois homens até um ponto de ônibus. Um deles subiu no transporte, mas não desceu na mesma parada que ela.
Ao voltar pra casa, ela foi assediada por outros dois homens que estavam em um carro. Segundo relatou a jovem à amiga, eles a chamaram de “vida” e perguntaram se ela estaria indo ao local onde morava. “Acontece essas coisas eu não consigo correr. Eu paraliso. Eu não sei o que eu faço. Eu não consigo correr. Eu fico parada”, desabafou em um áudio.
Após enviar essas mensagens, Vitória desapareceu. A amiga tentou entrar em contato, mas sem sucesso. Quando foi encontrada, a adolescente estava nua, com o cabelo raspado e sinais de perfuração por todo o corpo.
Por: Diario do Nordeste
