A Semana Santa em Cruzeiro do Sul começou com uma intensa programação voltada para a fé e a renovação espiritual dos católicos. Liderada pelo bispo diocesano Dom Flávio Giovenale, a agenda contempla momentos de profunda devoção, como o mutirão de confissões, a tradicional Via Sacra, a Celebração da Paixão e a solene Vigília Pascal.
“É uma semana sagrada, onde somos convidados a refletir sobre o amor de Jesus, que se entregou por nós”, disse Dom Flávio.
Mutirão de confissões: reencontro com a misericórdia
A programação iniciou com o mutirão de confissões, realizado na Catedral Nossa Senhora da Glória e em outras igrejas da cidade. Durante a segunda, terça e quarta-feira, fiéis tiveram a oportunidade de se reconciliar com Deus por meio do sacramento da penitência.
“É o momento de colocar a vida diante de Deus, reconhecer nossas falhas e pedir perdão. A confissão é um reencontro com o amor de Cristo”, afirmou o bispo.
Quinta-feira Santa: a Última Ceia e o gesto do serviço
Na quinta-feira, às 19h, acontece a Missa da Ceia do Senhor. Durante a celebração, recorda-se a instituição da Eucaristia e o gesto de humildade de Jesus ao lavar os pés dos discípulos.
“Na Ceia do Senhor, Jesus nos ensina o valor do serviço e da partilha. Ele nos convida a amar como Ele amou”,ressaltou Dom Flávio.
Sexta-feira Santa: o silêncio da cruz e a dor do sacrifício
A sexta-feira é marcada por dois momentos centrais. Logo às 6h, a Via Sacra sairá da Igreja de Nossa Senhora Aparecida, percorrendo ruas da cidade em um gesto simbólico da caminhada de Jesus até o calvário.
Às 15h, horário tradicional da morte de Cristo, será celebrada a Paixão do Senhor na Catedral.
“É o dia do silêncio e da dor, mas também da esperança. Porque na cruz, Jesus nos mostra que o amor é mais forte que a morte”, pontuou o bispo.
Sábado Santo: luz que vence a escuridão
No sábado pela manhã, não há celebrações. O silêncio da Igreja marca a espera da ressurreição. Mas à noite, os sinos voltam a tocar com a celebração da Vigília Pascal — a mais importante do calendário cristão.
A missa será marcada por uma série de leituras do Antigo e Novo Testamento, bênção da água e do fogo novo, e a renovação das promessas batismais.
“A Vigília é a mãe de todas as missas. É a celebração da vida que vence a morte, da luz que rompe as trevas. É o anúncio da Ressurreição de Jesus”, concluiu Dom Flávio.