InícioCAPAAlta nos preços da cesta básica preocupa consumidores e comerciantes em Cruzeiro...

Alta nos preços da cesta básica preocupa consumidores e comerciantes em Cruzeiro do Sul

Presidente em exercício da Associação Comercial alerta para aumento constante de produtos essenciais e impacto direto na população de baixa renda

 

A escalada dos preços
Os moradores do Vale do Juruá, especialmente em Cruzeiro do Sul, vêm enfrentando dificuldades crescentes para manter a alimentação básica. A presidente em exercício da Associação Comercial, Núcia Melo, confirmou que a cesta básica sofreu aumento considerável nas últimas semanas. Entre os itens mais afetados estão o frango, o leite, o café e os ovos – produtos essenciais nas mesas das famílias brasileiras.

Núcia Melo – Presidente em exercício da Associação comercial em Cruzeiro do Sul- Acre

“Isso afeta bastante o bolso dos consumidores, mas também prejudica os empresários. As pessoas deixam de consumir ou consomem menos, e os comerciantes vendem menos”, explicou Núcia, destacando a complexidade da situação.

Promoções como tentativa de driblar o prejuízo
Para evitar perdas, muitos empresários do setor alimentício têm optado por baixar os preços de alguns produtos antes que cheguem ao fim da validade. “É uma forma de manter as vendas e reduzir prejuízos, mas não resolve o problema da alta constante dos insumos”, disse a presidente.

Aumentos semanais e dificuldades logísticas
Segundo levantamento informal realizado junto a comerciantes locais, os preços dos produtos da cesta básica têm sofrido alterações semanais. Esse aumento está diretamente ligado a fatores logísticos. Núcia relata que o transporte de mercadorias de centros produtores até o Acre tem levado o dobro do tempo que levava anteriormente.

“Um caminhão que saía de São Paulo e chegava aqui em 12 horas, agora está demorando até 24 horas. Isso impacta o preço final do produto para o consumidor”, explicou.

Adaptação e sacrifícios das famílias
Com o aumento do custo de vida, a população de menor renda é a mais penalizada. “As pessoas estão precisando se reinventar, procurar alternativas mais baratas para se alimentar e ajustar o orçamento familiar. Infelizmente, quem sofre mais são os que têm menos condições”, pontuou Núcia.

Resistência e esperança
Apesar das dificuldades, a representante da Associação Comercial destaca a força dos comerciantes e da população local. “O comércio está se adaptando, procurando soluções. Mas é preciso atenção e, acima de tudo, políticas públicas que ajudem a conter essa escalada nos preços e garantam o mínimo de dignidade à população”, finalizou.

+ LIDAS

Proclamação da República.

+