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Dois casos de violência doméstica são registrados em uma única noite em Cruzeiro do Sul

Mulher grávida é agredida pelo companheiro no bairro Remanso; no bairro do Colégio, ex-presidiário ameaça matar esposa e sogra com apoio de facção criminosa

Grávida é espancada pelo próprio companheiro

Na noite desta terça-feira (29), mais um caso de violência doméstica foi registrado em Cruzeiro do Sul. A vítima da vez é uma mulher grávida, agredida fisicamente pelo próprio companheiro, identificado como C. da C. de S., de 41 anos.

Segundo informações repassadas pela Polícia Militar, o caso aconteceu no bairro Remanso. A guarnição foi acionada e, ao chegar na residência do casal, encontrou o agressor ainda no local. Ele foi preso em flagrante, sem oferecer resistência. A vítima, abalada, recebeu atendimento e relatou episódios anteriores de agressão, agora agravados pela gestação.

A prisão do agressor trouxe algum alívio imediato, mas reforça um ciclo de violência que ainda atinge muitas mulheres no município, mesmo aquelas em situação de vulnerabilidade como a gravidez.

“Vou chamar o pessoal da facção para matar vocês”: ex-presidiário ameaça esposa e sogra

Também na noite de terça-feira, outro caso chocou moradores do bairro do Colégio. O ex-presidiário F. C.L é acusado de agredir a esposa e ameaçar de morte tanto ela quanto a sogra.

De acordo com o boletim policial, a vítima relatou que o acusado começou uma discussão, que rapidamente evoluiu para violência física. Ele teria desferido um soco no rosto da companheira, provocando lesão em um dos olhos. A mãe dela, uma senhora idosa, foi alvo de insultos e ameaças. Segundo a denúncia, o acusado chegou a dizer que “iria chamar o pessoal da facção para matar as duas”.

As mulheres revelaram que os episódios de violência são recorrentes e vivem sob constante tensão e medo.

A Polícia Militar fez buscas na região, mas até o momento o acusado não foi localizado. O caso foi encaminhado à Polícia Civil, e as vítimas devem receber medidas protetivas.

Violência que se repete: o silêncio que precisa ser quebrado

Os dois casos, registrados em bairros diferentes da cidade, são reflexo de uma realidade alarmante: a naturalização da violência doméstica. Em muitos casos, a denúncia vem após anos de abusos silenciosos, represados pelo medo e pela dependência emocional ou financeira.

A Polícia Militar reforça que atua em todas as ocorrências com seriedade e agilidade. E lembra que o apoio da sociedade e das instituições é fundamental para garantir a proteção das vítimas.

Se você está sofrendo violência doméstica ou conhece alguém nessa situação, procure ajuda. Ligue 190 ou procure a Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (DEAM). O silêncio pode custar vidas.

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