Após a aterrissagem em uma pista improvisada, os ocupantes incendiaram a aeronave e fugiram pela mata, abandonando o entorpecente
Uma aeronave de pequeno porte que transportava cerca de 200 quilos de skunk — droga conhecida como “supermaconha” — foi interceptada nesta quinta-feira (15) durante uma operação conjunta da Força Aérea Brasileira (FAB) e da Polícia Federal. O avião teve que realizar um pouso forçado em uma área de mata próxima à cidade de Altamira, no Pará.
Após a aterrissagem em uma pista improvisada, os ocupantes incendiaram a aeronave e fugiram pela mata, abandonando o entorpecente. O material foi apreendido foi encaminhado para perícia.
Segundo a FAB, o voo irregular foi detectado por radares do sistema de Defesa Aérea (CINDACTA IV) e passou a ser acompanhado. Dois aviões de caça foram acionados para interceptar o avião, seguindo os protocolos de policiamento do espaço aéreo. A abordagem incluiu reconhecimento visual, ordens de mudança de rota e disparos de advertência — medidas que levaram ao pouso forçado.
Até o momento, os ocupantes do avião não foram localizados. A Polícia Federal assumiu a investigação e busca identificar os responsáveis pelo transporte da droga.
O que é o skunk?
Conhecido como “supermaconha”, o skunk é uma droga produzida a partir de cruzamentos genéticos da planta da maconha. Com maior concentração de THC (tetra-hidrocanabinol), a substância tem efeito mais potente e é considerada de alto valor no tráfico. Seu transporte por via aérea é uma das estratégias usadas para tentar burlar fiscalizações terrestres.
A repressão aérea e o combate ao tráfico
De acordo com a FAB, a ação faz parte das atividades do Programa de Proteção Integrada de Fronteiras (PPIF), uma política pública que busca reforçar o combate ao tráfico de drogas, armas e outros crimes nas regiões de fronteira do país. A iniciativa integra forças federais e estaduais para monitorar e reprimir atividades ilícitas, inclusive por meio do patrulhamento aéreo.
Por: Diário do Nordeste