Natural de Ipixuna, no interior do Amazonas, Daiane Barroso nunca imaginou que enfrentaria tantas dificuldades junto com o filho João Paulo. Ela conta que a gravidez começou tranquila, porém, a partir dos dois meses, a situação ficou delicada. Mas foi no nascimento que os maiores problemas ocorreram, e o bebê teve uma paralisia cerebral.
“Ele passou da hora de nascer. Ele teve problemas no pulmão, ficou sem respirar, e ficaram as sequelas”, relata a mãe.
Após o nascimento, o menino foi transferido para Cruzeiro do Sul, no interior do Acre, onde ficou internado por cerca de 20 dias até ser mandado para a capital Rio Branco. A partir daí, Daiane conta, o menino ficou um ano e 11 meses no Hospital da Criança.
“Ele foi transferido dia 8 de outubro de 2018 para Rio Branco. Chegou aqui, foi direto para UTI, veio entubado de lá. Passou uns três meses na UTI, aí desceu pro semi-intensivo, Passamos 1 ano e 11 meses no Hospital da Criança. Aí no dia 20 de julho de 2020 ele teve alta, a gente fez uma vaquinha para arrecadar para comprar as coisas de casa. Aí desde então a gente está tendo muita dificuldade, porque o preço do aluguel aumenta e ele recebe só R$ 1.119 por mês. O aluguel daqui aumentou para R$ 800 reais, praticamente tudo pro aluguel”, explica.
Vaquinha virtual
Arrecadação online chegou a R$ 390, ainda distante do objetivo de R$ 80 mil — Foto: Reprodução
Por conta da saúde, João Paulo requer atenção em tempo integral, o que impede Daiane de trabalhar. E foi essa situação que a motivou a buscar a ajuda da internet. Para tentar sair do aluguel e ter uma moradia fixa, ela iniciou uma “vakinha virtual” em uma plataforma online para arrecadar pelo menos R$ 80 mil. Além disso, ela também criou o perfil @joao_paulo_milagre na rede social Instagram, onde compartilha os apelos por contribuições e fotos do cotidiano do filho. A vaquinha já chegou a R$ 390, longe da meta estabelecida.
Enquanto não chega ao valor estimado para a arrecadação, Daiane tenta cuidar do filho como pode. Atualmente, ela tenta encontrar um novo local para morar com menor valor do aluguel. Além do valor, Daiane e João Paulo buscam uma casa em uma região que seja próxima a hospitais, caso ocorra alguma emergência em relação à saúde do menino.
“A gente fez um vídeo, participei de uma reportagem, só que não deu quase nada. As pessoas ficam me ligando, perguntando se consegui pelo menos metade. Um homem que sempre faz vaquinhas entrou em contato comigo para ajudar, eu falei que não, que ninguém me ajudou até agora”, relata.
Por fim, Daiane conta que o objetivo é apenas dar uma vida melhor para o filho, razão pela qual ela luta há pouco mais de 4 anos. Ela lamenta que ao longo do tempo o custo de vida tenha aumentado e não tenha mais condições financeiras de oferecer os tratamentos dos quais o filho precisa, mas segue na esperança de dar mais conforto a ele.