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Ex-comandante de batalhão da PM condenado por tráfico de droga é absolvido pela Câmara Criminal

A Câmara Criminal decidiu absolver o tenente-coronel da reserva da Polícia Militar do Acre Moisés Araújo, preso no dia 8 de junho do ano passado com quase 70 kg de drogas na BR-364, em Sena Madureira. Agora, ele não responde mais por tráfico de drogas, pois os desembargadores entenderam que as provas não eram suficientes para confirmar a participação dele no crime. Em dezembro do ano passado, a Justiça condenou Araújo a 9 anos de prisão em regime fechado.

Além da condenação de 9 anos e 6 meses, Moisés Araújo também foi condenado a pagar 950 dias-multa. O juiz Fábio Farias, da Vara Criminal de Sena Madureira, havia determinado ainda a perda do veículo apreendido em favor da União. Antes de se aposentar, o, na época major, foi comandante da 3ª Companhia do 5º Batalhão da Polícia Militar em Assis Brasil, cidade que faz fronteira com o Peru.

“O recurso foi interposto no mês de fevereiro de 2023 e julgado no último dia 13/12/2023 pela Câmara Criminal do TJ-AC, a qual os desembargadores acolheram as teses defensivas, e decidindo pela absolvição integral do tenente coronel Moisés Araújo. Depois de mais de um ano, a defesa conseguiu comprovar que o senhor Moisés Araújo não praticou o delito que lhe fora acusado, e agora poderá retornar para o seio familiar. O trabalho de defesa foi bastante complexo, principalmente na parte técnica processual, mas, podemos afirmar que a verdadeira justiça foi feita, e hoje o tenente-coronel Moisés Araújo é inocente”, disse.

A Justiça do Acre determinou a quebra do sigilo telefônico, também em junho, a quebra do sigilo telefônico dele. Na época, o militar foi abordado pela equipe policial no km 246 da BR-364 no período da tarde, daquele dia. O motorista desobedeceu a ordem de parada e tentou fugiu. A PRF-AC fez o acompanhamento e conseguiu parar o carro depois de 4 quilômetros.

O condutor conseguiu fugir e o tenente-coronel, que estava no banco de passageiro, foi preso. Ele foi levado para a sede da Polícia Federal de Rio Branco.

Defesa sempre disse que foi injustiça

O advogado de defesa do militar, Matheus Moura, disse que o militar está sendo injustiçado, porque apenas pegou uma carona e não sabia que o condutor do veículo estava transportando droga.

“Já estamos trabalhando no recurso cabível ao caso, porque hoje está preso e condenado em 1º grau uma pessoa inocente e injustiçada. A sentença condenatória está eivada de erros na fundamentação jurídica, na dosimetria da pena. Ficamos abismados com a leitura da sentença. Houve uma perícia no celular do acusado a qual demonstra irrestritamente a inocência, e sequer foi mencionada em sentença. Na parte da dosimetria da pena, o fundamento utilizado vai totalmente contrário ao que a legislação afirma. Mas, iremos confrontar a sentença via recurso e tenho a certeza que a Câmara Criminal irá sanar os erros advindos desta sentença teratológica com a devida absolvição do tenente-coronel Araújo”, disse na época.

O militar segue preso na sede do Batalhão de Operações Especiais (Bope). O advogado disse ainda que o motorista que dirigia o carro já foi identificado, mas não responsabilizado.

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