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Saúde investiga caso suspeito de sarampo em menina de 4 anos no interior do Acre

A Secretaria de Saúde do Acre investiga um caso suspeito de sarampo no estado. Trata-se de em uma menina de 4 anos, moradora do município de Assis Brasil, no interior do Acre. O Acre não apresenta circulação endêmica do vírus do sarampo desde o ano 2000.

Segundo informações do Programa Nacional de Imunização (PNI) no Acre, a criança apresentou sintomas da doença, foi feita coleta e análise pelo Laboratório Central de Saúde Pública (Lacen). No entanto, seguindo protocolo do Ministério da Saúde, todo caso de sarampo positivo, as amostras devem ser encaminhadas para análise na Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). Portanto, ainda não se pode tratar o caso como positivo.

Por conta da suspeita, a criança está isolada em casa e foi feito o bloqueio vacinal dos contatos. Uma equipe do PNI estadual está na cidade de Assis Brasil para acompanhar a situação e vacinar a população de 6 meses a 39 anos.

A informação é que a criança está evoluindo bem e os contatos próximos a ela não tiveram sintomas parecidos.

“Nós já tivemos casos de sarampo no Acre que deram o primeiro teste positivo e quando foi feita análise na Fiocruz deu negativo. Porque pode acontecer de alguns vírus ou outras doenças darem o falso positivo, por exemplo, já tivemos caso de dengue que deu positivo para sarampo, mas lá na análise genética era dengue. Então não podemos dizer ainda que o caso é positivo”, explicou Renata Quiles, coordenadora do PNI estadual.

Foi o que aconteceu em 2018, quando a Saúde chegou a confirmar um caso de sarampo em um bebê de 9 meses que estava internado no Hospital da Criança de Rio Branco. No entanto, após análise na Fiocruz, esse caso foi descartado.

Situação epidemiológica do sarampo no Acre

 

Os últimos casos confirmados de sarampo no Acre ocorreram no ano de 2000, com o registro de três casos no município de Acrelândia, um em Mâncio Lima, um em Plácido de Castro e seis em Rio Branco, totalizando 11 casos.

Conforme dados do PNI estadual, ao analisar uma série histórica dos últimos 8 anos dos casos notificados de sarampo, nota-se uma regularidade no número de notificações, mantendo uma média entre dois e cinco casos notificados. O ano de 2015 não apresenta essa similaridade, já que não houve nenhum caso notificado no decorrente ano.

No ano de 2018, o Acre relatou 64 casos distribuídos nos municípios de Plácido de Castro, Rio Branco, Capixaba, Acrelândia, Senador Guiomard e Tarauacá, sendo todos descartados por critério laboratorial. O município de Rio Branco apresentou o maior número de notificações, totalizando 51 casos.

Já em 2019, 11 casos foram registrados no estado, pelos municípios de Cruzeiro do Sul, Feijó, Plácido de Castro e Rio Branco, sendo que todos também foram descartados por critério laboratorial, conforme preconizado pelo Ministério da Saúde. E nos anos de 2020 e 2021, não houve notificações de sarampo.

Vacinação

 

O sarampo é uma doença viral e imunoprevenível, ou seja, a melhor forma de prevenção é através da vacinação, no qual confere imunidade a 95% da população que recebe as duas doses da vacina tríplice viral, conforme preconizado pelo Ministério da Saúde.

No Acre, no ano de 2021 a cobertura vacinal do tríplice viral com a 1ª dose foi de 58,62%, com um total de 9.543 doses aplicadas e de 25,32% da 2ª dose, o que corresponde a 4.122 pessoas imunizadas.

Para o ano de 2022, o Acre já recebeu cerca de 54 mil doses de vacina contra o sarampo para imunizar crianças. Os imunizantes foram enviados pelo Ministério da Saúde desde o início da campanha, no dia 4 de abril. No último sábado (29), as equipes de Saúde da capital acreana, Rio Branco, realizaram o ‘Dia D’ de imunização e atenderam em vários pontos.

Conforme o PNI, ainda não há números sobre a vacinação contra o sarampo no estado, em virtude de atualização a nível de sistema.

VIA: G1-ACRE

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