O Ministério da Justiça não descarta a possibilidade de que a fuga de dois detentos do presídio federal de Mossoró, no Rio Grande do Norte, tenha sido facilitada por trabalhadores que atuam dentro da unidade.
Uma das hipóteses é que os presos tenham recebido ajuda de funcionários terceirizados que estavam fazendo uma obra no prédio.
A cooptação dos servidores federais pelo crime, embora também em apuração, é considerada mais remota até neste momento.
Ainda na quarta-feira (14), a Polícia Federal instaurou um inquérito para investigar o caso.
Em entrevista coletiva em Mossoró nesta quinta-feira (15) o secretário nacional de Políticas Penais, André Garcia, todas as possibilidades estão sendo apuradas.
“É preciso ter muita prudência, muita capacidade de agir da forma correta e com energia. Qualquer tipo de pessoa que possa estar supostamente envolvida na facilitação, por exemplo, nós vamos identificar e vamos aplicar as punições cabíveis, mas isso se for constatado que houve facilitação. É muito provável que os procedimentos de segurança não foram empregados como deveriam ser”, afirmou.
Garcia disse ainda que a fuga é um “caso inusitado”, que poderia classificar a situação como uma “crise” e que a recaptura dos fugitivos é a prioridade no momento.
O secretário afirmou que esta é uma oportunidade para os processos serem aprimorados.
“Estamos atuando junto à unidade prisional de modo a identificar todas as necessidades e eventuais falhas nos procedimentos adotados a fim de que ela não mais ocorram”, completou.
Por: CNN Brasil
