Velas acesas foram colocadas em frente ao Palácio Rio Branco para lembrar cada um dos mortos pela doença. No Acre, são mais de 1,7 mil vítimas da Covid-19.
A fonte que fica em frente ao Palácio Rio Branco foi tomada por velas na noite dessa segunda-feira (21) durante um ato em memória dos 500 mil brasileiros mortos pela Covid. A marca foi alcançada no último sábado (19).
Foi feita uma homenagem simbólica por familiares e amigos de vítimas e por integrantes de instituições religiosas para representar, por meio da vela acesa, cada um dos mortos. A homenagem também pediu mais vacina.
No Acre, já são mais de 1,7 mil vítimas da Covid-19 e mais de 84,9 mil casos confirmados de infecção pelo novo coronavírus, desde o início da pandemia, em março do ano passado.
Velas acesas foram colocadas em frente ao Palácio Rio Branco em ato pelas vítimas da Covid — Foto: Andryo Amaral/Rede Amazônica Acre
A educadora de trânsito Saliane Fraga perdeu amigos e um sobrinho de apenas 33 anos para a Covid-19. Ela passava pelo Centro da cidade quando viu a movimentação e revolveu unir-se ao ato em memória dos que perderam a batalha para a doença e em solidariedade às famílias que perderam seus entes amados.
“Eu também perdi um sobrinho muito jovem, pai de dois filhos, e deixou sua esposa. Isso é lamentável, porque é um sentimento que abrange todo mundo, não só quem é familiar, mas os amigos. A gente fica triste porque nosso planeta está doente, e esperamos que tudo isso se reverta e com a vacina a gente consiga minimizar esse índice de mortes. A gente fica se perguntando o que já poderia ter sido feito para que não chegasse a essa situação que entristece muito”, afirmou Saliane.
Pessoas se reuniram para homenagear as vítimas da Covid em todo o país — Foto: Andryo Amaral/Rede Amazônica Acre
A Associação Vida e Justiça, que organizou a ação, ajuda no apoio às vítimas da doença e trabalha na responsabilização dos gestores públicos que negligenciaram a gravidade da pandemia.
“Isso tudo teria sido evitado se a gente tivesse vacina. Eu, que sou funcionária do Ministério da Saúde aposentada, participei da construção do SUS. Nós temos neste país uma coisa que seria a solução, desde o início. Primeiro que ter a vacina é uma decisão política, da presidência da República, e depois os mecanismos de viabilizar para que as pessoas tivessem sido vacinadas, nós temos, que é o SUS. É uma pena que a gente esteja hoje aqui na praça, dizendo que perdemos 500 mil pessoas”, disse a representante Júlia Feitosa.