Além disso, cinco em 10 pessoas (51,1%) relataram ter visto uma mulher sofrer algum tipo de violência no bairro ou na comunidade onde moram na pandemia.
Os números foram publicados nesta segunda-feira (7/6), na terceira edição da pesquisa Visível e Invisível (leia a íntegra aqui), do Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP). O levantamento foi encomendado junto ao instituto Datafolha e também contou com apoio do aplicativo de transportes Uber.
A forma de violência mais comum, segundo o relatório, foi a verbal. Cerca de 13 milhões de mulheres foram insultadas, humilhadas ou xingadas nos últimos 12 meses, estima o FBSP.
Em seguida, 4,3 milhões foram tapeadas, empurradas ou chutadas; 3,7 milhões, ofendidas sexualmente ou forçadas a manter uma relação sexual; 2,1 milhões, ameaçadas com faca ou arma de fogo; e 1,6 milhão, espancadas ou vítimas de tentativas de estrangulamento.
A maior prevalência de violência ocorreu entre as mulheres separadas e ou divorciadas.
Conhecido
A pesquisa mostra também que sete em cada 10 casos o autor era conhecido da vítima. Na maioria dessas situações, o autor era o companheiro ou namorado.
Já em relação à atitude que tomou em relação à agressão mais grave, a maioria (45%) não fez nada; 22% procuraram ajuda da família; 13% buscaram ajuda em amigos; 12% denunciaram em uma delegacia da mulher; 7% denunciaram em delegacias comuns; 7% ligaram para a Polícia Militar via 190 e; 2% acionaram o 180.
A seguir, veja infográfico montado pelo FBSP, com base nos principais achados da terceira edição da pesquisa:
infografico-visivel-e-invisivel-3ed-2021-v3-3 by Tacio Lorran Silva on Scribd
Via: Metrópoles